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O Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA) subiu pelo segundo mês consecutivo e ficou em 0,41% em novembro, puxado pelos preços do setor de transportes, de acordo com dados informados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). No acumulado de 2022, a inflação é de 5,13% e, nos últimos 12 meses, a alta do IPCA está em 5,9%.
A alta de novembro foi menor do que a de outubro, quando o IPCA ficou em 0,59%, após três meses de deflação. O impacto veio, principalmente, do setor de transportes, que registrou alta de 0,83%, e dos alimentos e bebidas, cujos preços subiram 0,53% no mês. Segundo o IBGE, esses dois grupos representam 71% do IPCA de novembro.
Dentro do segmento de transportes, a inflação foi influenciada pelo aumento dos preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%). Também ficou mais caro comprar um carro novo (0,5%), contratar seguro de veículo (0,97%) e solicitar emplacamento e licença (1,72%). Por outro lado, as passagens áreas ficaram mais baratas em 9,8%, após duas altas nos meses anteriores, de 8,22% e 27,38%.
No setor de alimentos, a inflação foi puxada pelo aumento de preços de vegetais, como a cebola (23,02%), o tomate (15,71%) e frutas (2,91%). Na habitação, a alta de 0,51% foi influenciada pelo aumento do aluguel residencial (0,8%) e da energia elétrica (0,56%). Veja a seguir a variação do IPCA, por grupo, em novembro:
Brasília tem o maior IPCA do mês
Todas as capitais registraram aumento do IPCA. A inflação mais forte de novembro foi registrada em Brasília, com aumento de 1,03% no custo de vida, devido principalmente ao aumento da energia elétrica (19,85%). A menos variação do índice foi notada em Vitória, principalmente por conta da queda no preço das passagens aéreas (-22,25%). Veja a seguir o IPCA nas capitais: