A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 1,32% em março, ante alta de 1,22% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (8). O IPCA de março é o maior para o mês desde 1995 (+1,55%) e o maior desde fevereiro de 2003 (+1,57%).

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Recordes negativos

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No acumulado do ano, o IPCA acumula alta de 3,83%, a mais elevada para esse período desde 2003, quando a alta foi de 5,13%.

Sob impacto da alta de energia e alimentos, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, segue pressionada e acumulou alta de 8,13% em 12 meses terminados em março. A variação do IPCA em 12 meses é a mais elevada desde dezembro de 2003 (9,30%), quando o país ainda sofria os efeitos da crise decorrentes das eleições presidenciais do ano anterior, que mexeu com a confiança e fez o câmbio disparar.

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Vilã

A energia elétrica foi, sozinha, responsável por mais da metade da alta de 1,32% registrada no IPCA de março, segundo o IBGE. Com um aumento médio de 22,08%, o item teve um impacto de 0,71 ponto porcentual de impacto, o que representa 53,79% do IPCA do mês passado.

“Com a entrada em vigor, a partir de 2 de março, da revisão das tarifas aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ocorreram aumentos extras, fora do reajuste anual, para cobrir custos das concessionárias com a compra de energia. Na mesma data, houve reajuste de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente, a vermelha, passando de R$ 3,00 para R$ 5,50”, destacou o IBGE.

Neste ano, a energia elétrica em todas as regiões já subiu em média 36,34%. Nos últimos 12 meses, a conta está 60,42% mais cara. O resultado do mês de março fez com que o grupo Habitação registrasse o maior resultado do mês, com alta de 5,29%. A categoria ainda recebeu impactos de mão de obra para pequenos reparos (1,25%) e condomínio (0,96%).

Disparada

O IPCA de março reforça a avaliação corrente no mercado financeiro e entre especialistas de que a inflação neste ano ficará em torno de 9%. Se confirmado, o resultado vai superar em grande medida a taxa de 2014 – de 6,41%.

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Em março, as altas de maior destaque que mantiveram a inflação sob pressão ficaram com energia elétrica (22,08%), que correspondeu mais da metade dos índices de março, e alimentação, com 1,17%.