A inflação oficial brasileira desacelerou em novembro, ao contrário das estimativas de analistas, refletindo sinais de desaceleração da atividade econômica, o que pode dar o espaço necessário para o Banco Central manter a taxa de juro na próxima semana.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza a política de metas de inflação do governo, subiu 0,36% em novembro, depois de ter avançado 0,45% em outubro.
A desaceleração não era esperada pelo mercado. Analistas consultados pela Reuters, na véspera, projetavam um avanço do índice para 0,50% no mês passado, de acordo com a mediana dos prognósticos de 25 instituições.
As projeções variaram de 0,47 e 0,55% de alta, resultando em uma média de 0,49%.
Os preços de produtos e serviços como Alimentação, Habitação e Vestuário tiveram em novembro reajustes menores do que os verificados em outubro.
Os custos dos alimentos, por exemplo, subiram 0,61% no mês passado, seguindo a alta de 0,69% em outubro. No caso de vestuário, a desaceleração foi mais significativa: alta de 0,71% em novembro contra 1,27% em outubro.
No ano, o IPCA acumula avanço de 5,61% e nos últimos 12 meses, de 6,39%, próximo ao teto da meta fixada pelo governo.
O BC persegue uma meta de inflação de 4,5% este ano, com margem de variação de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.
Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC realiza sua última reunião de 2008. Analistas esperam que a taxa básica de juro seja mantida, mais uma vez, no atual patamar de 13,75% ao ano.
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