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Vale-refeição "encolheu" uma semana nos últimos cinco anos e agora dura só 11 dias
Refeição inflacionada: o prato comercial (prato feito) passou de uma média de R$ 29 para R$ 37,44 nos últimos cinco anos, segundo pesquisa.| Foto: Pixabay

O tempo médio de duração do vale-refeição encolheu cerca de sete dias nos últimos cinco anos. A constatação é de levantamento da Pluxee, antigamente conhecida como Sodexo.

Segundo a pesquisa, o benefício durava 18 dias em 2019, em média. Em 2022, já havia baixado para 12 dias. E, de janeiro a julho deste ano, chegou a apenas 11 dias – praticamente metade da média dos dias úteis de trabalho por mês, de 21 dias.

A queda é associada à inflação dos alimentos, de quase 50% no período, que não foi acompanhada pelo valor do tíquete.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o custo de uma refeição, considerando prato principal, suco e sobremesa, passou de uma média de R$ 34,62 em 2019 para R$ 51,61 em 2024 – um salto de 49%.

No período analisado, o prato comercial (prato feito) passou de R$ 29 para R$ 37,44, em média. O quilo no restaurante self-service saltou de R$ 32,75 para 47,87. O prato executivo foi o único que baixou, de R$ 57,21 para R$ 55,63, em média. A comida à la carte foi a que mais subiu: gastava-se em torno de R$ 60,99 e agora, R$ 96,44.

“Após a pandemia, com a inflação dos preços dos alimentos, bem como o aumento nos custos de aluguel, salários e encargos, água, luz, transporte, entre outros, tornou-se cada vez mais difícil para o trabalhador fazer com que seu vale-refeição durasse. Vemos uma melhora no cenário econômico, mas, ainda assim, o setor alimentício segue em recuperação”, explica Guilherme Carl, diretor comercial da Pluxee.

Carl observa que esse cenário demonstra que uma parte considerável do salário mensal do trabalhador está sendo destinada para complementar a refeição.

Quais os estados onde o vale-refeição dura mais. E onde ele acaba antes

Para sobreviver ao mês, os trabalhadores se viram como podem. Dos mais de 4,3 mil entrevistados no primeiro semestre do ano, 33% responderam à pesquisa que preferem almoçar em buffets com preço fixo, onde é possível comer à vontade com previsibilidade de quanto vai pagar. Outros 33% afirmaram que passaram a optar por refeições mais saudável (e que pesem menos) em restaurantes a quilo.

Na análise por estado, Roraima é onde o vale-refeição acaba mais rápido: em apenas oito dias. No Acre, Alagoas, Mato Grosso, Pará e Piauí, o benefício dura em torno de 9 dias. No Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins, chega a 10 dias.

Os estados que acompanham a média nacional de 11 dias são Bahia, Goiás, Espírito Santo e Paraíba. 

No Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Pernambuco, Paraná, Rondônia e Santa Catarina o vale-refeição dura até 12 dias.

No Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo, o vale-refeição dura 13 dias. Minas Gerais se destaca com a maior duração, alcançando 14 dias.

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