Apesar de ter sido uma das maiores contribuições para o IPCA de janeiro, a inflação dos alimentos desacelerou, de 1,23% para 0 86% de dezembro para janeiro, favorecida por uma mudança na trajetória de preços das carnes. Este produto, que subia 4,11% em dezembro e liderava os principais impactos na inflação do varejo em meses anteriores, caiu 0,64% em janeiro deste ano.
Outros produtos de peso na composição da inflação dos alimentos também continuaram a mostrar queda de preços, de dezembro para janeiro. É o caso de açúcar cristal (de -0,94% para -1,23%), açúcar refinado (de -1,26% para -0,75%), leite longa vida (de -1 41% para -1,13%), pão francês (0,91% para -0,30%) e frango em pedaços (de 1,65% para -0,13%).
Ainda dentro do setor de alimentos, outros itens mostraram fim da queda de preços, ou até mesmo aceleração, no mesmo período. É o caso de feijão carioca (8,84% para 15,06%), cenoura (de -4,95% para 11,29%), tomate (de 1,04% para 8,09%), batata-inglesa (de -4,46% para 8,01%), feijão preto (de 0,55% para 5,42%) e hortaliças (de -1,46% para 4,56%).
Inflação dos não alimentícios salta de 0,28% para 0,47% no IPCA.
A inflação dos produtos não alimentícios quase dobrou de dezembro para janeiro, saltando de 0,28% para 0,47%, dentro do IPCA, segundo informou hoje o IBGE. Com alta de 2,54%, as tarifas dos ônibus urbanos foram responsáveis pelo maior impacto individual no índice do primeiro mês do ano, com 0,07 ponto porcentual. Houve reajustes, nesta tarifa no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e no Recife.
Entre os não alimentícios, houve ainda término de queda e aceleração de preços em itens de peso no cálculo da inflação, como passagens aéreas (de -2,05% para 10,61%), tarifas dos ônibus intermunicipais (de 0,54% para 3,23%), seguro voluntário (-6,86% para 2,69%) e conserto de automóvel (de 0,49% para 0 71%).
Em contrapartida, os preços dos combustíveis voltaram a cair (de 0,35% para -0,45%), de dezembro para janeiro. Isto por conta da gasolina, que passou da alta de 0,30% para queda de 0,35%, além do etanol, que foi de 0,74% para -1,25%, no mesmo período. O IBGE informou ainda que os preços dos automóveis usados intensificaram ritmo de queda, passando de -0,32% para -1,08%.
Número de horas pagas na indústria sobe 0,4% em dezembro
O número de horas pagas na indústria subiu 0,4% em dezembro contra novembro, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro do ano passado, as horas pagas no mercado de trabalho industrial caíram 0,2% ante mês anterior.
Em relação à dezembro de 2010, o número de horas pagas caiu 1,5% em dezembro do ano passado, queda menos intensa do que a apurada em novembro (-1,6%) nesta mesma base de comparação.
Isso conduziu a um aumento de 0,5% no número de horas pagas em 2011. Em 2010, as horas pagas na indústria subiram 4,1%.