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O presidente da Infraero Gustavo do Vale, afirmou nesta quinta-feira que não deve ocorrer novo leilão de aeroportos este ano, em decorrência da falta de tempo hábil para isso.

"Todo mundo sabe que para fazer uma concessão esse ano o processo já deveria ser começado. É uma questão de tempo. É impossível ser esse ano", disse Vale a jornalistas.

O executivo lembrou que o processo de licitação do primeiro lote de aeroportos, ocorrido em fevereiro e que incluiu os terminais de Guarulhos, Viracopos e Brasília, começou em maio do ano passado e que o processo ainda não foi totalmente concluído

Segundo ele, vários motivos praticamente inviabilizam uma licitação esse ano. Um deles é a indefinição sobre o Plano de Outorga, em discussão na Secretaria de Aviação Civil. O outro é a ausência de posição política da presidente Dilma Rousseff sobre as novas concessões.

"Todas as conversas vão acontecer depois da aprovação do Plano de Outorga", disse Vale. "Depois, o governo vai decidir quais aeroportos ficarão com o Governo Federal e, se vai haver novas concessões e quando", acrescentou.

Segundo ele, a sinalização da Secretaria é de que em até 60 dias o Plano de Outorga será definido e aprovado pelo governo. O plano engloba a concessão de aeroportos e o incentivo a aviação regional.

Mas ele não mencionou quais terminais estariam envolvidos numa segunda licitação. A expectativa do setor e dos empresários é de que os aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG) estejam no próximo lote.

"Todos sabem do interesse do governo em licitar esse dois aeroportos", disse à Reuters uma alta fonte da secretaria de aviação civil. "Mas O prazo está apertado e pode ser que acontece no ano que vem", acrescentou sob condição de anonimato.

A fonte lembrou que são necessários em média ao menos 8 meses para formatar o processo licitatório de aeroportos.

Vale frisou que o governo precisará negociar com a Infraero qualquer nova concessão, porque isso representará perda de receita para a empresa. A Infraero pretende investir esse ano R$ 2,3 bilhões, ante R$ 1,1 bilhão em 2011.

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