A Infraero terá que ter sistema de wi-fi em todos os aeroportos do país administrados por ela. É o que determina portaria assinada nesta quarta-feira (27) pelo ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, que disciplina como a estatal deverá tratar suas áreas comerciais e de serviços aos passageiros.
Além de internet sem custo, a companhia também terá que disponibilizar tomadas em número suficiente para os passageiros e ter em suas áreas comerciais "número adequado" de áreas para alimentação que incentive a "redução de preços" ao consumidor.
A portaria determina que as áreas comerciais devem ficar prioritariamente no lado ar, ou seja, após as áreas de check-in e revista de passageiro. De acordo com o ministro, isso já é uma adaptação da Infraero aos padrões internacionais de operadores aeroportuários. A estatal é sócia dos aeroportos que foram concedidos no ano passado (Guarulhos, Campinas e Brasília).
"Queremos qualidade, preço e prestação de serviços nos aeroportos brasileiros à altura do século XXI", disse o ministro. "Qualidade do serviço é nossa obsessão".
De acordo com o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, recursos para a aplicação da norma estão previstos no orçamento da Infraero. Segundo ele, o wi-fi já é oferecido nos principais aeroportos do país. Para o próximo ano, haverá licitação de um novo sistema de internet para todas as 60 unidades que começa a ser implantado até o primeiro semestre.
A norma também passa a dar tratamento diferente para os prestadores de serviços aeroportuários que usam as áreas operacionais dos aeroportos, como hangares para manutenção de aviões, fornecedores de combustível entre outros.
Antes, a Infreaero era obrigada a licitar essas áreas do mesmo modo que licitava as áreas comerciais como restaurantes e bares, o que gerava reclamações das empresas aéreas que necessitam dos serviços para realizar o trabalho. Agora, a empresa poderá dispensar a licitação dessas áreas para alguns casos específicos.
O presidente da Infraero também afirmou que a Infraero Serviços, empresa criada para que a estatal administre aeroportos regionais que o governo vai reformar a partir do próximo ano, está com seu plano de negócios em fase de conclusão pelo Banco do Brasil, o que deve terminar até janeiro.
Depois disso, segundo ele, operadores internacionais serão chamados para participar da sociedade.
Segundo Vale, pelo menos sete grandes grupos internacionais, alguns que participaram das últimas concessões de aeroportos no Brasil, já manifestaram interesse em entrar no negócio.