As 20 maiores economias do mundo costuram um acordo para tentar acelerar a execução de projetos de infraestrutura. A reunião do G-20 que acontece no fim de semana, em Brisbane, litoral da Austrália, anunciará a criação da nova instância chamada de Iniciativa Global de Infraestrutura (GII, na sigla em inglês) para fazer a ponte entre investidores, financiadores e governos.

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Parte dos participantes do G-20 defende que um problema crescente não é a falta de financiamento e sim a ausência de novos e bons projetos.

No esforço para atingir a meta de acelerar o crescimento da economia global em 2 pontos porcentuais nos próximos cinco anos, o G-20 quer reforçar o papel da infraestrutura nas economias desenvolvidas e em desenvolvimento.

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Nesse esforço, será anunciada a criação da nova instância que pretende melhorar a qualidade de projetos de infraestrutura em termos técnicos e financeiros.

O plano do G-20 é que o novo GII seja como uma central de informações sobre empreendimentos em todo o mundo. Grosso modo, a instância deseja ter papel no setor de infraestrutura comparável à de organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na esfera macroeconômica.

Para isso, o GII vai defender a adoção "das melhores práticas" que favoreçam a disseminação de dados, comparação de projetos e tornem os empreendimentos mais atrativos aos investidores.

Sem opção

Nos debates que antecedem a reunião de cúpula do G-20, alguns participantes defendem que o principal problema do setor nos últimos anos deixou de ser a falta de financiamento.

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Com a liquidez do mercado internacional em níveis recordes, muitos países enfrentam o problema de falta de projetos adequados. Ou seja, até há dinheiro disponível para financiar, mas o detentor desses recursos, às vezes, não investe o dinheiro por ter pouca informação ou simplesmente não confiar na qualidade dos projetos ou dos números.

Organismos multilaterais estimam que o mundo precise de mais de US$ 1 trilhão por ano em investimentos em infraestrutura. Em tempos de austeridade, governos não têm fôlego financeiro para atingir essa cifra.

Por isso, o G-20 defenderá o forte incentivo às Parcerias Público-Privadas (PPP) como forma de alavancar o investimento através da participação privada nos projetos.

Brasil

A presidente Dilma Rousseff chegou às 21h36 de quarta-feira, horário local (hoje às 9h36, no horário de Brasília), ao Hotel Royal On the Park, localizado no centro da cidade australiana de Brisbane, para participar do encontro. Após a viagem entre Catar e Austrália, que contou ainda com uma parada em Cingapura, o avião presidencial pousou no aeroporto de Brisbane às 20h48, também hora local, (8h48 em Brasília).

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Dilma estava acompanhada do ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e do assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia. A filha da presidente Dilma, Paula Rouseff também integra a comitiva. Ao chegar ao hotel, Dilma foi cumprimentada por várias autoridades brasileiras, entre elas, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.