O dólar encerrou em queda frente ao real nesta segunda-feira e testou novo patamar mínimo desde o final de setembro do ano passado, ancorado em ingressos de recursos no mercado local.
A queda se intensificou à medida que as principais bolsas de valores ganharam um pouco de fôlego, após uma abertura fraca.
No fechamento, o dólar caiu 0,77 por cento, a 1,813 real na venda, depois de iniciar os negócios em alta de 0,33 por cento e na máxima do dia. Ao longo do dia, a moeda norte-americana chegou a cair a 1,811 real.
"Os investidores têm enxergado o Brasil como um país de grande atratividade para suas aplicações. O resultado disso é a entrada de dólares", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, Reginaldo Galhardo.
Segundo profissionais do mercado, a expectativa de mais entradas de recursos amparam o visão de que a apreciação da moeda brasileira continuará sendo a tendência. Nesse contexto, a participação de investidores estrangeiros na bolsa paulista é um dos componentes que permitiram a queda de mais de 20 por cento do dólar ante o real desde o início do ano.
No acumulado de 2009, as compras desse grupo de investidores superam as vendas na Bovespa em 13,74 bilhões de reais. As ofertas públicas de ações também têm atraído investidores e ajudado no movimento do câmbio.
Bruno Conte de Lima, consultor de gerenciamento de risco da FCStone do Brasil, considerou em relatório que a entrada de dólares provenientes das exportações deve funcionar como outro fator propício à baixa do dólar.
No relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta manhã, o mercado financeiro ampliou a expectativa de queda da moeda norte-americana para 1,81 real no final deste ano, ante estimativa anterior de 1,85 real.