Em janeiro de 2011, a indústria paranaense cresceu 18,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem. O setor de edição e impressão foi responsável por 78% desse índice, já que registrou crescimento de 115% em relação a janeiro de 2010. O início do ano letivo é um dos responsáveis por esse resultado positivo do setor, já que a produção de livros, brochuras e impressos didáticos foi o que impulsionou essa indústria.
Na comparação com janeiro de 2010, o resultado do Paraná foi o melhor do Brasil, segundo o IBGE o crescimento em relação a dezembro (9%) perdeu apenas para o Espírito Santo. No estado, 11 dos 14 setores pesquisados registraram crescimento na comparação com janeiro de 2010. Outros setores que registraram um bom nível de crescimento foram madeira (18,8%), minerais não metálicos (13%), alimentos (9,3%, graças ao óleo de soja e às rações) e veículos automotores (8,3%, influenciado pela produção de automóveis e bombas injetoras).
Os três setores que registraram queda foram produtos químicos, que caiu 17,2%, pressionado pela produção de adubos e fertilizantes; borracha e plástico, que caiu 5,1% por causa da diminuição de embalagens de plástico e pneus recauchutados; e máquinas e equipamentos, que retraiu 2,2%, em razão da menor produção de máquinas para colheita e para trabalhar matérias primas.
Com esses resultados, o índice de produção industrial no Paraná, no acumulado dos últimos 12 meses, fica em 14,8%, um crescimento em ritmo superior ao que o que foi assinalado no fechamento de 2010.
Acima da média
De acordo com o economista do IBGE e gerente da pesquisa, Fernando Abritta, o começo de ano na indústria paranaense foi excelente e o estado cresceu mais que a média nacional (12,5%), mas é preciso analisar os dados com parcimônia. "Não se pode considerar o resultado como uma tendência, porque o crescimento foi muito influenciado pelo setor de edição e impressão, que é sazonal e alterna meses de grande crescimento com outros de queda acentuada", ressalta.
Para o economista, o setor automotivo, que registra crescimento seguidamente, deve continuar em expansão. "Mesmo com a contenção de créditos e aumento na taxa de juros, o consumo se mantém aquecido porque há uma grande demanda reprimida desse mercado", explica.
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