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Operadora BW Offshore diz que não há risco de o navio afundar | Divulgação/Marinha do Brasil
Operadora BW Offshore diz que não há risco de o navio afundar| Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

Segurança

ANP interdita Cidade de São Mateus para investigação

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interditou ontem o navio-plataforma Cidade de São Mateus para preservar o local do acidente e não atrapalhar as investigações das causas da explosão. A Petrobras só poderá fazer qualquer intervenção na embarcação com o objetivo de evitar que a embarcação afunde. Mas, até ontem, a análise técnica não apontava risco de adernamento.

Durante todo o dia, foi mantida a busca pelos quatro tripulantes que estavam embarcados no momento da explosão e que ainda estão desaparecidos. Ontem, 17 pessoas estiveram na embarcação, entre bombeiros, representantes da BW Offshore, operadora da plataforma para a Petrobras, e especialistas em resgate e combate a incêndio.

Além do auto de interdição, a agência já abriu inquérito administrativo para investigar as causas do acidente. Embora a BW Offshore seja a operadora da plataforma, as comunicações são direcionadas à Petrobras. "As consequências dependerão do resultado das investigações", informou a ANP, em comunicado oficial.

Vídeo revela estrago

Um vídeo divulgado ontem traz as primeiras imagens do interior do navio-plataforma Cidade de São Mateus após a explosão que atingiu a embarcação na última quarta-feira. As imagens gravadas por um militar que não quis ser identificado mostram marcas de sangue, ferro retorcido, água subindo na casa de máquinas da embarcação e algumas das áreas atingidas pela explosão. É possível ainda ver diversos profissionais trabalhando no resgate.

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do acidente no navio-plataforma Cidade de São Mateus, na Bacia do Espírito Santo, ocorrido na última quarta-feira. As condutas investigadas inicialmente são homicídio e incêndio qualificado (por ter ocorrido em uma embarcação). Ontem foram identificadas quatro das cinco vítimas da explosão. Outras quatro pessoas seguem desaparecidas e sete estão internadas, duas delas em estado grave.

Uma equipe de peritos da PF do Espírito Santo sobrevoou a área para identificar os estragos e mapear o ponto de onde começarão os trabalhos dos investigadores.

A PF também expediu ofício à Petrobras requisitando a relação de trabalhadores do navio-plataforma, operado pela empresa norueguesa BW Offshore e afretado pela estatal brasileira. O prazo inicial para a conclusão do inquérito é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias. A Capitania dos Portos também abriu inquérito administrativo para apurar as causas do acidente.

A explosão na casa de bombas do navio-plataforma deixou cinco mortos e 26 feridos. Quatro tripulantes brasileiros seguem desaparecidos.

Os trabalhos de busca continuaram ontem após uma equipe da BW ter realizado uma avaliação da unidade para verificar condições de segurança. A empresa dona do navio reiterou que o casco está íntegro, sem riscos de a embarcação afundar.

Nomes

Morreram no acidente o técnico em segurança do trabalho Wesley de Oliveira Bianchini, de 35 anos; o técnico em automação Heleno da Silva Castelo, 31 anos; e o técnico em segurança do trabalho Luiz Cláudio Nogueira da Silva, 43 anos, além de Raimundo Nonato da Silva, de 58 anos, cuja função na embarcação não foi informada.

Pelo menos duas das cinco pessoas mortas na explosão serão enterradas hoje: uma delas na cidade de Serra, na região metropolitana de Vitória, e outra em Nova Friburgo, no interior do Rio. Outras duas vítimas foram encaminhadas para Fortaleza (CE) e Mossoró (RN), mas a data dos sepultamentos não foi divulgada.

A quinta vítima é um indiano, que não teve o nome divulgado. O corpo continua no Departamento Médico Legal de Vitória, já que nenhum familiar apareceu para fazer o reconhecimento e fazer a liberação.

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