O Instagram, aplicativo de compartilhamento de fotos de propriedade do Facebook, foi avaliado ontem em US$ 35 bilhões pelo Citibank. Segundo Mark May, analista do banco, os 300 milhões de usuários ativos - que superam o total de contas no microblog Twitter - e a possibilidade de monetização futura do Instagram foram os responsáveis para que a empresa ganhasse novo valor.
Em oportunidade anterior, o Citi já havia estimado que o Instagram valia US$ 19 bilhões. "O Instagram pode faturar até US$ 2 bilhões por ano caso consiga monetizar e engajar seus 300 milhões de usuários", declarou o analista da Citi em nota a investidores.
Para May, o fato de ter o aplicativo de compartilhamento de fotos ter superado o Twitter em número de usuários mostra a força do conceito. "Agora, não só a audiência do Instagram é maior do que a do Twitter, bem como seus usuários são 1,8 vezes mais engajados", escreveu Mark May. "O crescimento de usuários do Instagram também tem sido maior."
A avaliação em US$ 35 bilhões deixa o Instagram em um patamar semelhante ao de empresas como a American Airlines (com valor estimado de US$ 36,4 bilhões) e o do grupo alimentício Kraft Foods (US$ 37,2 bilhões). Dono do Instagram, o Facebook tem valor de mercado estimado em cerca de US$ 223,4 bilhões.
Por enquanto, a contribuição financeira do Instagram para as contas do Facebook é baixa. Adquirido em 2012 por US$ 1 bilhão pela empresa de Mark Zuckerberg, a rede social de fotografias começou a veicular anúncios nos Estados Unidos em 2013.
O sistema já chegou a países como Canadá, Reino Unido e Austrália, mas ainda não decolou. Para o Citi, a possibilidade de anúncios na plataforma é promissora. "O Instagram ainda está começando a aceitar anúncios, mas acreditamos que marcas vão encontrar nele um canal efetivo para suas ideias".
"Estamos nos preocupando em fazer anúncios que não ataquem os valores da comunidade de usuários", disse Mike Krieger, brasileiro que é cofundador do Instagram, em entrevista ao Estado na semana passada. "Queremos que a propaganda seja algo orgânico ao aplicativo, da mesma forma que as pessoas veem um anúncio em uma revista e acham aquilo natural", explicou.
Segundo Krieger, ainda não há data definida para que os usuários brasileiros vejam propagandas no aplicativo. Mineiro, Krieger criou o Instagram há quatro anos junto com o ex-colega da Universidade de Stanford, o americano Kevin Systrom.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast