| Foto: dcm/JOHN G. MABANGLO

Se, hoje, quem dita a tecnologia de amanhã parece ser Elon Musk, o Midas da inteligência artificial, por muitas décadas este papel coube ao inquieto e, às vezes difícil, cofundador da Apple Steve Jobs, falecido há exatos cinco anos.

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Jobs alçou sua empresa de garagem ao status de grande nome da tecnologia graças a uma visão extraordinária do mercado, ousadia e criatividade. A marca da maçã tem capitalização financeira de US$ 600 bilhões e está à frente de gigantes como o Google.

Relembre cinco momentos em que Jobs e a Apple realmente revolucionaram o segmento:

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Apple II

 

Ao contrário do que se ouve muitas vezes, o modelo desenvolvido por Jobs e seu sócio, Steve Wozniak, em 1977, não foi o primeiro computador pessoal. Na verdade, outros modelos contemporâneos até mais baratos (como o PET 2001, da Commodore, ou o TRS-80, da Radio Shack) foram mais populares. Mas a versão da Apple era, como a história mostrou, mais bem resolvida do que as concorrentes. Trazia opções de personalização que o tornavam muito mais útil, além de um visual que definiu o padrão dos PCs que vieram depois – os outros computadores pessoais da época pareciam mais um maquinário de laboratório.

Macintosh

 

Se o Apple II e todos os outros PCs da época exigiam conhecimento em linhas de código, esta criação de 1984 rompeu com este padrão ao fazer o computador ter uma interface gráfica – e isso anos antes do Windows. Foi ali que mouses, janelas e ícones começaram a se tornar linguagens do dia a dia.

iTunes (e iPod)

 
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Quando a indústria fonográfica ruía, nos primeiros anos do novo milênio, a Apple mostrou que dava para faturar dinheiro com música digital. Por parceria com grandes gravadoras, o software iTunes – na verdade uma loja digital -- permitia comprar músicas avulsas ou álbuns inteiros a um preço que, por muito tempo, parecia atrativo (menor de US$ 1 por música – hoje, serviços de streaming levaram os valores a um patamar bem abaixo). De quebra, a Apple tornou o seu gadget de reprodução de música digital, o iPod, em um fenômeno de vendas. Sobretudo, por dois motivos: 1) as músicas baixadas pelo iTunes só eram reproduzidas em aparelhos Apple; 2) o aparelhinho tinha uma memória gigantesca para os padrões da época de seu lançamento, 5 gb, o suficiente para armazenar toda a discografia de sua banda preferida.

iPad

 

Em 2010, a Apple apresenta ao mundo o seu conceito de tablet, um ponto intermediário entre o iPhone e o MacBook (sua versão do notebook). Com a inovação, um novo campo está criado para que empresas atuem. Escolas passaram a trocar livros pelo aparelhinho, jornais criaram versões para o gadget, desenvolvedores investiram em aplicativos de jogos para as crianças – tudo pela praticidade e melhor experiência do usuário que o iPad trouxe. Ainda hoje, os tablets se firmam em seu nicho específico.

iPhone

 

Os telefones que acessavam a internet já existiam bem antes de 2007. Mas, com o iPhone, a Apple transformou os celulares em minicomputadores pessoais bem mais fáceis de serem usados e mais úteis. O conceito de aplicativos (e a loja Apple Store, de 2008) pautou todo o desenvolvimento dos serviços móveis nos anos seguintes. E forçou os concorrentes a adotarem o modelo como padrão – até então, havia uma aposta forte nos BlackBerry. O curioso é que o smartphone da Apple conseguiu juntar e popularizar funcionalidades que já estavam por aí há anos, como o teclado touch, que é da década de 1990, mas foi celebrado como se fosse uma grande novidade.

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