A ideia da Amazon é criar um sistema para proteger o celular nas quedas. No caso, um airbag| Foto: /Reprodução (registro da patente)

Para inovar é preciso pensar “fora da caixinha”, certo? Bem, às vezes, os inventores parecem passar da conta na inventividade e bolam algumas ideias bem esquisitas -- e inclusive registram, aparentemente com a ideia de realmente tirá-las do papel. Nesta lista não estão apenas inventores solitários, mas também gigantes da tecnologia, como Google, Apple e Amazon.

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Se estas patentes vão funcionar no futuro, é difícil prever (ou acreditar, em alguns casos). Mas renderam esta curiosa lista:

Avião contêiner

 
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Quando se trata de ideias bizarras, a aviação civil é um campo fértil – sobretudo porque as companhias aéreas estão cada dia mais pressionadas para reduzir custos e tarifas. As boas ideias surgem na mesma medida das malucas.

A Airbus, por exemplo, já registrou patente de bancos de avião que parecem selim de bicicleta. O objetivo seria de triplicar o número de assentos em uma cabine (o que certamente também triplicaria o desgosto dos passageiros em relação ao o conforto).

Mas nada se compara à ideia de criar cabines-contêineres para as aeronaves como uma forma de acelerar o procedimento de embarque. A sugestão também foi patenteada pela Airbus, em 2015. Os passageiros entrariam na cabine ainda no aeroporto. Esta cabine então seria inteiramente movida para a aeronave, que permaneceria bem menos tempo no pátio.

A ideia é até interessante, desde que não se leve em conta a necessidade de reestruturar toda a frota de aeronaves de todas as companhias, bem como os aeroportos envolvidos.

Airbag para celular

Não dá para acertar sempre. Se a Amazon criou um elogiadíssimo assistente pessoal, o Echo, algumas outras ideias soam mais como piada. Em 2011, por exemplo, a empresa registrou a patente de um airbag para equipamentos eletrônicos, principalmente smartphones. A ideia era que o equipamento fosse protegido por um sistema capaz de inflar pequenas bolsas de ar ao detectar a sua queda.

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Claro, a Apple não quis ficar para trás e recentemente registrou uma patente em que o iPhone ganha um GPS capaz de detectar quedas. A partir daí, uma série de motores conseguem direcionar o movimento de forma a proteger tela e câmera, dois dos componentes mais sensíveis do aparelho.

Se você preferir, pode simplesmente comprar uma capinha reforçada.

Sensor de atropelamento

 

Dois inventores norte-americanos registraram em 2001 a patente de um sensor de carro capaz de detectar se o veículo atropelou um pedestre. De acordo com o registro, o sistema analisaria informações como área da deformação na lataria e força do impacto. Curiosamente, o mecanismo não cita como evitar um atropelamento.

Mas os inventores se defendem afirmando, de forma vaga, que “o produto ajudaria a determinar a forma ideal de frenagem”.

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Pedestres colados

 

Se a invenção anterior não está disposta a evitar atropelamentos, o Google está. A gigante da tecnologia quer coibir acidentes causados pelos seus carros sem motorista. Mas, talvez a patente registrada nesta semana não seja lá a grande solução que o mundo esperava.

A empresa norte-americana cogita usar uma estrutura adesiva na parte frontal dos veículos autônomos, capaz de “grudar” uma pessoa no capô no caso de colisão. Para o Google, isso minimizaria lesões, já que o carro não arremessaria o atropelado.

Virou piada. “É o novo app de caronas do Google”, brincaram os usuários nas redes sociais.

Óculos (quase) inteligentes

 
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Muito antes do Google Glass, os inventores tinham outra ideia de como poderiam ser os óculos inteligentes. Tanto que um inventor chamado James Allen registrou, em 1992, a patente de óculos com espelho retrovisor – o que pouparia usuário de movimentar a cabeça para olhar para trás. Uma outra ideia, de 1998, queria trocar os braços dos óculos por imã, de forma a fixar com mais segurança o acessório no rosto.

High five solidário

Um inventor chamado Albert Cohen estava realmente preocupado com quem assiste a eventos esportivos sozinho (seja em casa ou em algum estádio). Tanto que ele registrou uma mãozinha mecânica capaz de fazer o “high five” (o nosso “toca aqui”) com o torcedor “avulso”. Esse movimento é comum na comemoração de gols, touchdowns, cestas e home-runs nos esportes americanos.

Lentes de contato com câmera

 

A sul-coreana Samsung registrou neste ano uma lente de contato com câmera fotográfica, display e antena. Tudo isso? Sim, pelo menos no desenho. A ideia da fabricante é que, com uma piscada, possamos tirar foto e processar imagens. Se de fato isso vai sair do papel é difícil de prever, mas o Google já sinalizou que também quer entrar nesta onda do olho tecnológico.

Roncos e choques

 
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Talvez o criador desta patente dos anos 1960, Roberto Crossley, estivesse irritado um pouco além da conta com os roncos. Ele desenvolveu uma gargantilha eletrônica para usar na hora do sono. O diferencial seria o fato de o acessório dar um choque no usuário ao detectar qualquer sinal de ronco. Uma experiência, digamos, um pouco traumática...

Tatuagem eletrônica

 

Em 2012, a Motorola registrou uma “tatuagem eletrônica”. A ideia da empresa era que as pessoas colassem no pescoço um aparato eletrônico que lembra uma tatuagem, mas que tem microfone acoplado e é capaz de se comunicar com smartphones, Google Glass ou outros players – via bluetooth, inclusive. Com isso, o usuário poderia controlar estes aparelhos sem precisar do toque.

Gadget desodorante

 

Mais uma da categoria dos wearables. E mais uma do Google. A empresa registrou em 2015 a ideia de um aparelho que pode ser anexado ao corpo e borrifa desodorante quando percebe algum odor no usuário.

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Mas não é só isso, ele também utilizaria GPS. A ideia, de acordo com o documento de registro, é que o usuário tivesse acesso a informações de localização de amigos usando aparelhos semelhantes. E, pasme, o gadget seria capaz de oferecer rotas para que você escapasse dos conhecidos que estivessem cheirando mal naquele dia.

Até hoje, nem sinal do aparelho -- talvez fosse só um pouco de senso de humor dos gênios da empresa.