A realidade virtual está prestes a escrever um novo capítulo na televisão e cinema. E uma das provas disso foi dada no Emmy, premiação que consagra os melhores do ano em séries e filmes televisivos. Os vencedores foram anunciados na noite de domingo (18), embora alguns já fossem conhecidos (as categorias de criatividade são anunciadas com antecedência).
A animação “Henry”, feita para ser assistida em óculos de realidade virtual, faturou o prêmio na categoria “Melhor Programa Interativo Original”, feito que seus produtores encararam como a validação que esta nova forma de contar uma histórias precisava.
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“Henry” foi elaborado pela Pixar em parceria com a Story Studio, que é um braço da Oculus -- fabricante dos famosos óculos de Rift. Não é o primeiro Emmy para um projeto que usa esta tecnologia. No ano passado, uma experiência que transportava o usuário dos óculos ao cenário da série “Sleepy Hollow” levou o prêmio. Mas é a primeira vez que um roteiro original para a realidade virtual fatura o troféu.
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E, de fato, a realidade virtual pode levar o espectador a um outro patamar de interação com as historias. Em “Henry”, que conta a saga de um ouriço para organizar uma festa de aniversário, o personagem parece estar ciente de que o espectador está ali. Quando o usuário olha para Henry, ele olha de volta, por exemplo. É como se todos estivessem no mesmo ambiente.
No futuro, apostam especialistas, você será capaz de interagir com os filmes que assiste.
“De agora em diante, queremos mostrar que a realidade virtual é uma forma de arte. Um lugar que acolherá os cineastas e que, mesmo em seus primeiros passos, é uma ferramenta poderosa para contar histórias”, defendeu Ramiro Lopez Dau, da Pixar, diretor da animação.