Aeronave foi construída para decolar como foguete e retornar à Terra planando, até aterrissar em uma pista de pouso| Foto: Foto: Sierra Nevada Corporation/Divulgação

O microavião espacial Dream Chaser será enviado ainda neste ano ao Deserto de Mojave, na Califórnia. Lá, ele inicia uma série de testes até fazer seu primeiro voo e começar, a partir de 2019, a levar cargas à Estação Espacial Internacional (ISS). Seis missões devem ocorrer até 2024.

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A Sierra Nevada Corporation foi contratada pela agência espacial norte-americana para criar a novidade. A expectativa é de que ela decole como um foguete e retorne à Terra planando, até aterrissar em uma pista de pouso, como uma aeronave convencional.

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Na fase de testes, para que sua capacidade de planar suavemente seja avaliada, o Dream Chaser será elevado por outra aeronave e depois solto a uma altitude de 2,5 mil milhas – equivalente a mais de quatro mil quilômetros.

O microavião vai cumprir a função da antiga frota de ônibus espaciais que, de 1981 a 2011, a Nasa lançou ao espaço.

Fatia de contrato

Para chegar a este ponto, a Sierra Nevada percorreu um longo caminho. O objetivo inicial da fabricante era o de firmar um contrato com a Nasa que lhe permitisse construir estruturas que enviassem astronautas ao espaço.

Ao perder a concorrência para Space X e Boeing, dedicou-se à construção do microavião capaz de levar cargas e suprimentos à estação.

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No ano passado, a empresa garantiu uma fatia do contrato privado para a execução da tarefa. Junto com outros dois modelos de operadores históricos como ATK Orbital e Space X, a companhia começa a participar das missões ainda em 2019.

Para Mark Sirangelo, chefe de divisão de sistemas espaciais da Sierra Nevada, o fato de a Dream Chaser ser testada na mesma área em que outros eventos históricos aconteceram – como a quebra da barreira do som pelo piloto Chuck Yeager – é motivo de orgulho. “Estamos pegando a ‘tocha’ e levando-a para frente”, disse.

Detalhes sobre o contrato com a empresa não foram revelados, mas a Nasa chegou a divulgar que pretende gastar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,4 bilhão por ano nas seis missões espaciais que devem ocorrer nos próximos oito anos.