Se Google e Uber querem colocar carros autônomos nas ruas e estradas, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a Universidade Técnica de Delft (TUD), a Universidade de Wageningen (WUR) e o Instituto de Soluções Metropolitanas Avançadas de Amsterdã (AMS) vão testar barcos que se locomovem sozinhos nos canais da capital holandesa.
Batizadas de roboats (junção das palavras robô e barco, em inglês), as embarcações são fruto de um projeto de cinco anos, no qual foram investidos 25 milhões de euros (cerca de R$ 91 milhões), dos quais 20 milhões vieram do MIT e os outros cinco do AMS.
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“Enquanto os primeiros protótipos de carros autônomos chegam às estradas, Amsterdã inicia um novo capítulo do incentivo internacional de veículos autônomos”, escreveu o Instituto AMS em um comunicado sobre o lançamento do projeto, na última segunda-feira (19).
Pelo fato de ser repleta de canais - cerca de 100 quilômetros - Amsterdã é o laboratório perfeito para colocar em prática a maior pesquisa desenvolvida até então sobre transporte aquático autônomo. Acontece, porém, que além de atuar no transporte de pessoas e mercadorias, os roboats podem se juntar e formar pontes temporárias, úteis em momentos como a hora do rush ou eventos especiais que aconteçam na cidade.
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“Imagine uma frota de barcos autônomos para o transporte de bens e pessoas, mas pense também em uma infraestrutura flutuante dinâmica, como pontes e palcos, que pode ser montada e desmontada em questão de horas”, afirmou o professor do MIT Carlo Ratti.
Os primeiros roboats devem chegar à cidade no ano que vem. Os barcos também coletarão informações sobre a qualidade da água e do ar da capital holandesa e ajudarão a remover lixo dos canais - estima-se, por exemplo, que anualmente cerca de 12 mil bicicletas sejam jogadas nas águas de Amsterdã.
Colaborou: Mariana Balan