Dias após deixar a vice-presidência de operações globais da chinesa Xiaomi, o executivo brasileiro Hugo Barra já tem um novo emprego. No dia 26 ele foi anunciado por Mark Zuckerberg como o novo vice-presidente de realidade virtual (VR) do Facebook.
“Hugo vai se juntar ao Facebook para liderar nosso time de realidade virtual, incluindo a equipe responsável pelo Oculus”, disse Mark Zuckerberg, em um texto publicado em sua página pessoal no Facebook. O texto é acompanhado de uma caricatura de Zuckerberg e Barra sentados lado a lado. “Ele está na China agora, então estamos juntos aqui na realidade virtual”, brincou o presidente executivo da rede social.
Em resposta em um comentário feito logo na sequência, Barra disse que estava “empolgado em voltar ao Vale do Silício”. Antes da Xiaomi, o brasileiro trabalhou no Google (mas na Europa), como vice-presidente de gerenciamento de produto do sistema operacional Android.
No Facebook, Barra deve ocupar o cargo de Brendan Iribe, presidente executivo da Oculus, que deixou seu cargo em outubro. Entre suas missões, estará a de popularizar o Oculus Rift, óculos de realidade virtual da empresa que ainda não deslanchou em vendas, mesmo um ano após seu lançamento, e de aumentar o ecossistema de produtos da empresa.
Hoje, apenas o Gear VR, da Samsung, usa a mesma plataforma que o Oculus Rift, enquanto outros fabricantes têm sido assediados pelo Google e sua plataforma Daydream VR.
Segundo o texto de Zuckerberg, Barra também será o responsável por desenvolver aplicações em realidade aumentada (AR), tecnologia que hoje é estudada pela Microsoft com o Hololens, mas não pelo Facebook. “Hugo e eu compartilhamos a crença de que VR e AR serão a próxima grande plataforma de computação. Hugo vai ajudar a construir esse futuro”, disse Zuckerberg.
Saída
No dia 23, Barra publicou um texto no Facebook dizendo que estava deixando a Xiaomi para atuar em um novo projeto no Vale do Silício. Os últimos anos vivendo em um ambiente tão singular tiveram um peso grande na minha vida e começaram a afetar minha saúde”, disse Barra em mensagem no Facebook. “Vendo o quanto deixei para trás nestes últimos anos, está claro para mim que a hora chegou.”
No texto, Barra disse que deixaria sua posição na Xiaomi no início de fevereiro, e depois tiraria um tempo livre para embarcar em um novo projeto.
A Xiaomi chegou a ser brevemente a empresa iniciante de tecnologia mais valiosa do mundo e tinha esperanças de ser a Apple da China. Mas a companhia acabou passando por desaceleração nas vendas de celulares inteligentes e saiu do posto de cinco maiores companhias do setor na China em 2016, após ficar na segunda colocação em 2015.
Para Barra, o caminho na Xiaomi passou por muitos obstáculos, incluindo a interrupção de produção no Brasil diante da instabilidade econômica no País e uma proibição temporária na Índia em 2014 por causa de infração de patentes.
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