Apelidado de Lily, drone está sendo vendido por enquanto apenas nos Estados Unidos, por US$ 920| Foto: Divulgação

Um drone que persegue seu dono para tirar fotos e filmá-lo em ação, uma câmera com oito lentes e um aplicativo para acabar com a fome no mundo estavam entre os finalistas de um prêmio de inovação do festival South by Southwest (SXSW), que acontece em Austin, no Texas.

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Ainda que mais popular pelos shows, já que a cidade é considerada a capital mundial da música ao vivo, o evento reserva um grande espaço para tecnologias emergentes e já foi palco no passado de lançamentos ou divulgação de empresas até então pouco conhecidas como Twitter, Foursquare, Meerkat e Oculus Rift.

Neste ano, na premiação para o SXSW Interactive Innovation Awards, as novidades incluem a câmera de 360 graus OZO, da Nokia, a primeira profissional a chegar ao mercado para realidade virtual, uma das tendências mais onipresentes da indústria neste ano. A câmera tem formato de bola, com oito lentes acopladas e custa US$ 60 mil. As vendas começaram há dez dias.

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“As aplicações vão muito além do cinema”, disse o representante de vendas Stuart English, citando como compradores hospitais para registro de cirurgias ou centros de treinamento aéreo. “Para os contadores de história, eu apenas digo: é como levar seu espectador ao seu lado. A câmera é como uma cabeça humana.”

Enquanto a OZO compete na categoria “realidade virtual”, a Lily Camera disputa na “Ficção Científica Não Mais”, para tecnologias que antes de 2015 eram possíveis apenas no cinema.

A Lily é um drone de US$ 920, atualmente na pré-venda apenas no EUA, que segue seu dono para captar suas atividades, como uma descida de esqui ou um passeio de bicicleta. O aparelho tem bateria de 20 minutos e é a prova d’água.

“Um dos fundadores teve a ideia depois de voltar de suas férias de verão, uns anos atrás, quando sua mãe passou o tempo todo atrás da máquina fotográfica e não apareceu em foto nenhuma”, contou Kate Mitchell, diretora de marketing da firma de São Francisco.

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Um vídeo postado pela fabricante mostra o drone Lily em ação:

Divida sua comida

Impressoras 3D também ganharam espaço. A empresa Metamason mostrava como cria máscaras personalizadas (e bem menores e mais confortáveis que as atuais) para tratar apneia, enquanto uma firma de Ohio chamado Proto Build Bar apresentava o clube que abriu há um ano com 13 impressoras 3D para seus clientes brincarem enquanto enchem a cara ou tomam cappuccinos.

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Na categoria “nova economia”, um dos destaques era o aplicativo ShareTheMeal (compartilhe a refeição), feito em parceria com um programa das Nações Unidas. Lançado há 100 dias, quase 5 milhões de refeições já foram distribuídas pelo mundo. Com apenas um clique, o usuário pode doar dinheiro para um dia ou um ano de refeições, quantias que variam de US$ 0.50 a US$ 146.

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“Em vez de compartilhar fotos no Facebook da sua comida, a gente instiga a compartilhar uma refeição com alguém necessitado”, disse o italiano Massimiliano Costa, cocriador do aplicativo. A campanha do momento ajuda 2 mil mães da cidade de Homs, na Síria. Ao fazer a doação, aparece uma foto da mulher que irá receber um voucher da ONU para trocar por comida, ao lado de sua história. No final, a boa ação pode ser postada no Facebook.