Se você teme o que os robôs podem fazer, não está sozinho. Algumas das maiores companhias de tecnologia se uniram para policiar as máquinas e sistemas inteligentes em um projeto pioneiro chamado Parceria em Inteligência Artificial para Beneficiar Pessoas e Sociedade. O time inclui Google, Facebook, Amazon, Microsoft e IBM.
Os objetivos destas empresas, segundo seu programa oficial, são dialogar com a sociedade e estabelecer diretrizes para que a inteligência artificial (IA) não se comporte de forma errada. Para isso, criaram oito princípios -- do tipo “a IA deve beneficiar o máximo possível de pessoas” e “a IA deve ser capaz de explicar o seu raciocínio” para cada ação.
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A preocupação com a inteligência artificial é legítima sobretudo pela rapidez em seus avanços, destaca o Instituto de Tecnologia da Massachusetts (MIT). Só que há muitas questões ainda nebulosas. “Por exemplo, um sistema de aprendizado de máquina feito para identificar doenças pode ser alimentado com dados tendenciosos e então discriminar certas pessoas”, destaca a instituição.
E isso se soma à ameaça dos robôs ao mercado de trabalho humano e, para os mais extremistas, a ameaça a nossa existência.
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Mas estes não foram os únicos motivos que levaram os gigantes rivais a se unir. Talvez o medo de que o governo regule o setor freando avanços tenha sido ainda mais determinante. “Com toda a hipérbole sobre a IA nos últimos dois a quatro anos, há a preocupação de que nesse eco de ansiedade o próprio governo fique mal informado”, disse Eric Horvitz, diretor da Microsoft Research, durante o lançamento da parceria.
A forma como o grupo pretende colocar em prática os diálogos com a sociedade, porém, ainda não ficou clara. Mas os dilemas éticos envolvidos com certeza darão muito trabalho. Mesmo para estas gigantes que, todo ano, parecem desafiar o impossível.