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Google lança celulares próprios e reforça aposta em inteligência artificial

Aparelhos da linha Pixel terão telas de 5 e 5,5 polegadas | /Divulgação
Aparelhos da linha Pixel terão telas de 5 e 5,5 polegadas (Foto: /Divulgação)

O CEO do Google, Sundar Pichai, afirmou na tarde desta terça-feira (4) que o mundo está evoluindo de um cenário “mobile first” para “AI-first”, com a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) assumindo a dianteira. E, obviamente, a gigante de buscas quer estar à frente dessa evolução.

Mas, para fazer isso, o Google está investindo pesado em hardware – mais especificamente, smartphones.

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A empresa anunciou nesta terça, durante um evento com transmissão mundial pelo YouTube, dois novos celulares, com 5 e 5,5 polegadas de tela. Os aparelhos pertencem à linha batizada de Pixel – o modelo com 5,5 polegadas é chamado de Pixel XL e o outro, com 5 polegadas, apenas de Pixel.

Entre os principais chamarizes dos smartphones estão uma câmera traseira de 12 MP, espaço ilimitado de armazenamento para fotos (na nuvem) e uma bateria que promete dar ao usuário uma autonomia de sete horas com apenas 15 minutos de recarga. O processador é um Qualcomm Snapdragon 821.

Os celulares carregarão a inscrição “Phone by Google”, o que sinaliza uma virada crucial na estratégia da empresa, que agora passará a comercializar seus próprios smartphones.

Apesar dos aparelhos serem fabricados pela HTC, o Google leva o crédito por ter desenvolvido os celulares em torno do Google Assistant, a resposta da companhia para os assistentes virtuais Siri (Apple), Cortana (Microsoft) e Alexa (Amazon). A ideia por trás do Assistant, reforça Pichai, é que a companhia quer fornecer um Google para cada pessoa e não apenas um Google para todos – ou seja, a intenção é propiciar uma experiência personalizada e individual.

Os usuários serão capazes de fazer perguntas mais genéricas como “Ok, Google, o que eu tenho de fazer hoje?” e até se envolver em conversas “normais” com o assistente – a promessa é de que o recurso seja capaz de entender as peculiaridades da fala e responder à altura, sem demora.

A pré-venda dos celulares começa já nesta terça-feira para consumidores nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Austrália – nas lojas destes países, os aparelhos chegam no dia 20 deste mês. Ainda não há previsão para o início das vendas no Brasil.

Os celulares Pixel serão vendidos a partir de US$ 649 e terão 32 GB e 128 GB de espaço de armazenamento interno.

Confira abaixo um vídeo que dá detalhes do visual dos smartphones:

Guinada

“Por que nós deveríamos fabricar hardware?”, questionou Rick Osterloh, novo executivo do Google responsável pelos produtos. A resposta dada por ele mesmo é algo que a própria Apple já defendeu por anos: de que desenvolver hardware e software juntos permite que a empresa tenha uma ampla vantagem sobre esses dois mundos, ao criar produtos e programas que conversam entre si.

A diferença agora, defendeu Osterloh, é que a próxima revolução tecnológica vai se dar justamente na intersecção entre hardware e software – e é aí que entra a inteligência artificial, no meio dessas duas pontas. “A tecnologia precisa ser inteligente e trabalhar para você”, reforçou o executivo.

Realidade virtual

Os smartphones serão compatíveis com o novo acessório de realidade virtual da empresa, o Daydream, que também foi mostrado durante o evento e será comercializado por apenas US$ 79. Por meio dos óculos, os usuários poderão assistir a conteúdo do YouTube, Netflix, Hulu e HBO e também acessar o Google Street View.

O acessório, que funciona em conjunto com os celulares do Google (ao contrário do Rift, por exemplo, que usa um harware e uma tela própria) vem com um pequeno controle remoto – com ele, os usuários podem movimentar seus braços para apontar e clicar, interagindo com o mundo virtual.

O óculos será vendido a partir de novembro nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Austrália. Ainda não há previsão de chegada ao Brasil.

Outros produtos

Confirmando sua aposta na fabricação de produtos próprios, o Google aproveitou o evento desta terça-feira para apresentar outros aparelhos, que também chegam nos próximos meses.

A companhia mostrou o Chromecast Ultra, nova versão do seu dispositivo de streaming para televisores. O principal destaque do novo modelo é a transmissão de conteúdo em 4K Ultra HD. O aparelho já está em pré-venda e será vendido por US$ 69 nas lojas de 16 países (o Brasil não está incluso na lista) no início de novembro.

Outra novidade foi o Google WiFi, que nada mais é do que um roteador de internet, que será vendido individualmente ou em pacotes com três unidades. Segundo a companhia, uma única unidade cobre casas de até 140 metros quadrados. O roteador sai por US$ 129 e estará disponível para pré-venda a partir de 15 de novembro, por enquanto apenas nos Estados Unidos.

Por fim, o Google divulgou mais detalhes do Google Home, seu assistente virtual acionado por voz, que chega para competir principalmente com o Echo, da Amazon. O dispositivo é uma espécie de caixa de som inteligente, que pode ser acionada à distância. “Você pode pedir para o Google Home tocar música, conferir o status de voos ou acender as luzes do quarto”, afirma a companhia em nota.

O Google promete uma experiência de buscas e comandos bastante apurada no dispositivo. Durante o evento, foi mostrado que ele poderá efetuar ações mesmo com comandos incompletos. Um executivo, por exemplo, pediu para o Google Home tocar “a música da Shakira do Zootopia” (animação lançada recentemente). O assistente, então, tocou a música “Try Everything”, que de fato é a música da cantora presente na trilha sonora do filme – o que mostra que o aparelho consegue “interpretar” os desejos do usuário, mesmo que os comandos de voz não sejam tão específicos.

O Google Home também já está em pré-venda e chega às lojas dos Estados em 20 de outubro, por US$ 129. Assim como os demais aparelhos, não há previsão para início das vendas no Brasil.

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