Vice-presidente de Produtos do Google, Mario Queiroz, apresenta o Google Home durante conferência nesta quarta| Foto: JUSTIN SULLIVAN/AFP

O Google está apostando na inteligência artificial para garantir que os usuários continuem a usar seu sistema de buscas, mesmo que eles não estejam mais passando tanto tempo na internet e em computadores.

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Durante sua conferência anual com desenvolvedores, a I/O, que ocorreu nesta quarta-feira (18), a gigante de buscas fez uma série de grandes anúncios que envolvem o uso da tecnologia em novos produtos e serviços.

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Confira abaixo as principais novidades:

Google Home

A companhia apresentou um alto-falante conectado à internet que também servirá como um centro de aplicações para a casa, chamado Google Home – um potencial concorrente para o popular Echo, da Amazon. O produto será lançado ainda neste ano e será capaz de fazer o streaming de áudio e vídeo, assim como o acessório Chromecast, da empresa, além de controlar outros aparelhos inteligentes. O Google Home também funciona em conjunto com smartphones –você poderá pedir ao Google Home para mudar suas reservas para jantar, e o aparelho vai ajustar sua agenda automaticamente.

Em um vídeo apresentado na conferência, um pai diz ao Google Home para “acender as luzes no quarto de Kevin”, para acordar seu filho. O assistente virtual também ajuda as crianças com seus deveres de casa ao responder questões usando a busca do Google e o Google Tradutor. Ao fim do vídeo, a família dá tchau para o Home e deixa a casa – automaticamente o aparelho ajusta o termostato inteligente fabricado pela Nest (empresa comprada pelo Google) para considerar que não há mais ninguém em casa.

A empresa trouxe poucos detalhes concretos sobre quais serviços irão funcionar com o Home. De fato, a firma reconheceu que apressou o anúncio do aparelho para ganhar o interesse do maior número possível de parceiros. O preço também não foi anunciado.

Google Assistant

Com base no progresso já feito com seu serviço “Ok, Google”, a companhia anunciou oficialmente um novo aplicativo chamado Google Assistant, que pode fazer tudo o que o “Ok, Google” faz, com o diferencial de que o usuário poderá configurar suas preferências.

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O CEO do Google Sundar Pichai, por exemplo, solicitou ao aplicativo durante o evento para que ele sugerisse filmes em cartaz próximos a ele, e que seriam do seu agrado. Surgiu então na tela do celular uma lista de recomendações.

Em seguida, Pichai disse: “nós queremos levar as crianças dessa vez”. O assistente, então, mudou a lista para mostrar uma série de filmes para toda a família.

Allo

O Allo é um novo aplicativo de mensagens, que marca a presença do Google em um mercado cada vez mais competitivo, dominado por empresas como o Facebook.

O app será capaz de sugerir respostas a mensagens recebidas pelo usuário da mesma maneira que o Google já sugere respostas a e-mails curtos recebidos no aplicativo Inbox. Por exemplo, se uma mensagem diz “A gente pode marcar um café para amanhã?”, o Allo irá mostrar sugestões de respostas como “Claro!” ou “Desculpe, mas não posso!”, para que o usuário consiga enviar suas mensagens de maneira mais rápida.

O Allo poderá sugerir também essas “respostas inteligentes” mesmo quando o usuário recebe fotos, por meio do software de reconhecimento de imagens do Google.

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O app também terá um modo “incógnito”, para que o usuário proteja sua privacidade online – para o caso de não querer que outros usuários saibam que ele está online naquele momento. Neste modo, também será possível encriptar as mensagens ou determinar uma data de expiração para elas.

Duo

Por meio deste outro aplicativo, duas pessoas poderão se comunicar por vídeo através dos seus smartphones. O aplicativo inclui uma função chamada ‘knock knock’ (’toc toc’), que permite que a pessoa que recebe uma ligação por vídeo veja em tempo real a pessoa que está ligando antes de atender.

Tanto o Allo quanto o Duo estarão disponíveis até o início do segundo semestre e serão compatíveis com o sistema operativo Android, desenvolvido pelo Google e usado por muitos fabricantes de smartphones no mundo, e com o iOS, a plataforma da concorrente Apple.