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| Foto: UPMC/Pitt Health Sciences/

Pela primeira vez, cientistas fizeram com que um homem tetraplégico experimentasse a sensação de toque em seu braço robótico controlado pela mente. O experimento pioneiro foi realizado por pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos – as informações são do jornal The Washington Post.

Confira um vídeo da experiência.

Para que o resultado fosse possível, eletrodos menores que um grão de areia foram implantados no córtex sensorial do cérebro de Nathan Copeland, 30 anos. Como os eletrodos foram programados para receber sinais emitidos por um braço robótico, cada vez que um pesquisador pressionava a prótese, o paciente sentia a pressão em sua mão direita paralisada. Nesse processo,a medula espinhal danificada de Copeland era ignorada pelo cérebro.

A experiência, repetida ao longo de vários meses, oferece um avanço na restauração de uma função crítica em pessoas que possuem membros paralisados: a capacidade não apenas de movê-los, mas de senti-los.

Antes deste caso, nenhuma pessoa com paralisia ou amputação havia experimentado uma verdadeira sensação de toque por meio de um membro robótico. Até então, a estimulação elétrica de nervos em pessoas com alguma paralisia ou amputação permitia melhorias significativas no controle de membros artificiais, mas não a sensação de toque.

O paciente

Embora consiga realizar pequenos movimentos com os ombros, Copeland foi diagnosticado com tetraplegia após perder o controle de seu carro durante uma noite chuvosa, mais de uma década atrás. Como estudava nanotecnologia antes do acidente, foi o voluntário perfeito para o grupo de pesquisas da Universidade de Pittsburgh, ao qual se candidatou há cinco anos.

Em 2015, cirurgiões implantaram quatro minúsculos eletrodos no hemisfério esquerdo de seu cérebro, na área do córtex sensorial que sente toques nas mãos e dedos direitos. O órgão do jovem também já contava com chips que o conectavam a um braço robótico controlado pela mente.

Durante os testes de toque, Copeland ficava de olhos fechados para que não pudesse ver o que o pesquisador estava fazendo. Os dedos da mão robótica foram tocados um a um pelo cientista, e em todas as vezes o paciente indicou a localização correta do toque.

Colaborou: Mariana Balan.

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