As impressoras 3D podem construir casas, não é novidade. Mas uma iniciativa italiana aposta em uma forma de fabricação ainda mais ousada. O projeto WASP (sigla em inglês para Projeto de Economia Avançada para o Mundo) montou a maior impressora tridimensional do mundo e pretende fazer casas para duas pessoas a um valor abaixo dos R$ 200.
Apesar de ultratecnológica, a BigDelta, de 12 metros de altura e feita quase toda em aço, espera chega a um valor tão econômico de produção por trabalhar com um material antigo e abundante no segmento da construção: barro (misturado com água e cascalho). Ela foi lançada no ano passado, mas ainda está trabalhando em sua “casa-teste”, atualmente com o aspecto da imagem abaixo.
O projeto é demorado pois os profissionais estão elaborando soluções de barateamento na medida em que a impressora trabalha.
Com tamanha robustez, era de se esperar que a impressora consumisse muita energia. Mas, de acordo com seus fabricantes, ela gasta pouquíssima energia -- os idealizadores pretendem acoplar painéis solares futuramente, para que o equipamento seja mais amigável à natureza.
O funcionamento é simples. A impressora é programada para realizar um determinado design. Então recebe o material, que é este composto de argila, e o expele por uma saída em forma de bico. Assim, vai preenchendo vigas e paredes.
Obviamente, as casas a que se destina a BigDelta não são luxuosas. Longe disso. Ainda é um padrão extremamente popular, quase um abrigo de barro. Mas é capaz de resolver o problema de moradia em muitas partes do mundo.
Segundo um cálculo da revista francesa de arquitetura Makery, uma casa pequena produzida com ela custaria apenas 48 euros (R$ 174 -- isso conta energia e combustível do motor; supõe-se que a matéria-prima não tenha custo) e levaria apenas uma semana para ficar pronta.