| Foto: /Divulgação

Na luta contra o zika vírus, que chegou aos Estados Unidos no início do ano, o país vem recrutando apoio de soluções que conhece bem: os drones e a inteligência artificial. Em Houston, no Texas, o projeto Premonition, da Microsoft, trabalha em parceria com o governo local para evitar que doenças transportadas e transmitidas por mosquitos cresçam e se tornem problemas de saúde pública.

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Os esforços dos pesquisadores são para que drones identifiquem e registrem imagens de áreas que possam concentrar um volume maior de insetos. Entre os aspectos registrados por eles, estariam pontos de água parada ou vegetações que favoreçam a proliferação das espécies. A expectativa é de que os objetos voadores visitem as áreas com frequência, a ponto de detectar mudanças na paisagem e, no futuro, até nas condições climáticas. Variações nesses fatores podem incentivar o aumento ou a diminuição dos mosquitos.

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A intenção representa uma evolução nos esforços da Microsoft, que, com a estratégia, amplia as condições de reconhecer espaços mais ou menos favoráveis ao desenvolvimento de espécies nocivas à saúde humana. Por consequência, soma possibilidades para combater a proliferação.

Armadilhas inteligentes

Por meio de armadilhas inteligentes instaladas em áreas afastadas de Houston, a companhia também busca conhecer espaços onde predominam os mosquitos. Com 30 centímetros de altura, a estrutura repousa sob um tripé e emite dióxido de carbono. A substância atrai os insetos. Ao entrarem na armadilha, eles são iluminados por luzes infravermelhas e, a partir do reflexo gerado, a espécie buscada pelo sistema é armazenada em um dos 64 compartimentos do módulo. A configuração das características das que devem ser capturadas é feita pelos cientistas por técnicas de machine learning – ou aprendizado computacional, na tradução.

Na hora da captura, dados sobre o momento do dia, temperatura do ambiente, força do vento, umidade do ar e níveis de luminosidade são computados. Harrisson, outro condado do Texas, também faz testes com as armadilhas, que podem trabalhar por mais de 20 horas em ambientes quentes e úmidos.

Com as informações, a Microsoft espera ser cada vez mais possível identificar com precisão as áreas e os momentos mais prováveis para que certas doenças transmitidas por mosquitos comecem a aparecer.

A intenção da companhia é de que drones equipados com visão computacional ainda sejam capazes de transportar e posicionar novas armadilhas em áreas remotas, o que pouparia tempo e energia de profissionais, que hoje caminham horas para fazer isso.

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