Parece um contrassenso, mas usar impressoras 3D para fabricar um veículo inteiro sempre foi mais fácil do que para imprimir fios de cabelo. Ou pelo menos era. No último mês, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) finalmente resolveram esta questão, em um passo que vem sendo considerado um marco na impressão 3D.
Para alcançar o feito, os profissionais tiveram que criar um software. Normalmente, os projetos de impressão em 3D são feitos usando a técnica de desenho assistido por computador (CAD, na sigla em inglês). Só que, desta forma, eles precisariam desenhar cada fio dos pelos, o que seria impraticável.
A equipe então montou o “Cilllia”, um software que permite definir ângulo, espessura, densidade e altura de milhares de fios, em apenas alguns minutos.
Desta forma, o MIT imprimiu matrizes de estruturas semelhantes a cabelos e com uma resolução de 50 mícrons, que é a espessura do cabelo humano.
Esta tecnologia poderia ser aplicada para a fabricação de perucas e implantes de aparência fiel aos pelos humanos. Mas este não é o objetivo por enquanto, aponta o MIT, que realizou os experimentos para testar adesão mecânica (estes pelos podem ser usados de forma semelhante ao velcro) e sensibilidade.