Assistir a vídeos no celular, seja filmes, episódios de séries ou notícias, se tornou um hábito comum capaz até mesmo de ofuscar os velhos televisores. Atenta ao potencial deste mercado, uma startup do Taiwan desenvolveu uma solução capaz de facilitar e baratear a produção de vídeos para usuários comuns e empresas, por meio de inteligência artificial.
A tecnologia da GliaCloud é capaz de “ler” textos e, com base no conteúdo, criar automaticamente clipes com imagens (fotos e vídeos), legendas e até uma narração, traduzindo o tema do artigo para a linguagem multimídia.
O serviço, chamado de GliaStudio, usa algoritmos para analisar o conteúdo e destacar as palavras-chave que representam os temas do artigo. Em seguida, a inteligência artificial vasculha redes sociais e outros sites para coletar material complementar. O artigo é então transformado em um roteiro e, após isso, editado de forma automática em um vídeo, que traz clipes, fotos e infográficos coletados em bancos de dados parceiros da startup – ou que podem também ser fornecidos pelo usuário.
Todo o processo dura apenas poucos minutos e, segundo a startup, é de baixo custo para quem contratar o serviço (o valor não é informado no site da empresa). Os publishers, que são quem publicarão o vídeo, podem pagar pela produção de cada clipe ou dividir com a GliaCloud a eventual renda gerada com publicidade na distribuição do conteúdo (como os anúncios do YouTube).
Os vídeos produzidos pela inteligência artificial da GliaCloud são eficientes e didáticos, mas, é preciso reconhecer, estão longe ainda de serem sofisticados como os produzidos por empresas e profissionais especializados do ramo. Além disso, são bastante padronizados, independente do tema do vídeo. Ao menos a narração, que poderia ser o ponto mais problemático, soa natural e não sofre do velho problema da “voz de robô”.
Confira abaixo dois vídeos criados por meio da tecnologia da GliaCloud e disponibilizados pela startup no YouTube:
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