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Intenção de consumo das famílias cai em janeiro, diz Fecomercio

Após registrar recorde em dezembro de 2010, a intenção de consumo das famílias caiu em janeiro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (20) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). O indicador da Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 3,8% neste mês, passando de 147,2 pontos no mês anterior para 141,6. No comparativo anual, contudo, o ICF apresentou alta de 2,1%, diz a entidade.

Para a Fecomercio, o motivo da queda foi a política de aumento do compulsório adotada pelo Banco Central em dezembro.

Em janeiro todos os itens registraram redução na comparação mensal. A queda mais expressiva, de 8,1%, ocorreu no item momento para duráveis, que ficou com 136,2 pontos. As famílias com renda abaixo de dez salários mínimos registraram a maior redução, de 10,1%.

Na categoria acesso a crédito, as famílias com renda acima de dez salários mínimos registraram queda de 6,4%, enquanto a variação mensal ficou em 2,3%. O item perspectiva profissional caiu 5,6% em janeiro e satisfação com o emprego atual diminuiu em 2,3%.

Para a Fecomercio, a queda na perspectiva profissional demonstra a redução na satisfação das famílias paulistanas com o receio de que a economia em 2011 não acompanhará o ritmo de 2010. Nas famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, a queda foi de 7,6%, superior aos 5,4% das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos.

Inflação

Para a entidade, o aumento de 5,91% da inflação em 2010 é outro fato que atinge o humor das famílias e reduziu o poder de compra dos consumidores. Segundo dados do item renda atual, a redução foi de 1,1% em janeiro na comparação com dezembro. O impacto foi ligeiramente maior no grupo com renda até dez salários, com queda de 1,3%.

Os itens nível de consumo atual e perspectiva de consumo registraram queda de 4,4% e 3,6%, respectivamente, influenciados pelas contas de janeiro, como IPTU, IPVA e matrícula escolar, avalia a entidade.

No item perspectiva de consumo, o destaque negativo vai para a as famílias com renda superior a dez salários, que reduziram sua satisfação em 11,3%.

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