A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou os valores-teto para as tarifas básicas de pedágio nos sete trechos de rodovias que serão transferidas à iniciativa privada ainda no primeiro semestre. O preço máximo do pedágio, por praça, varia entre R$ 3,123 (na rodovia Régis Bittencourt, entre São Paulo e o Paraná) e R$ 4,612 (na BR-116, entre Curitiba e Florianópolis).
Os preços caíram entre 15% e 30% em relação à estimativa inicial do governo, a partir da interferência do Tribunal de Contas da União (TCU), que, no ano passado, suspendeu os editais e determinou que os custos das concessionárias fossem revistos para baixo.
A tarifa máxima para o Rio ficou em R$ 4,163, no caso da BR-393 (MG-RJ até Via Dutra), que terá três praças de pedágio ao longo de 200 quilômetros. No caso da BR-101 (entre a divisa do Rio com o Espírito Santo e a Ponte Rio-Niterói) o valor máximo do pedágio será de R$ 4,058, cobrado em cinco praças ao longo de 320 quilômetros. Esses valores servirão de referência para o leilão das rodovias, previsto para maio.
O custo do pedágio por quilômetro rodado para o usuário do Rio será o maior entre as novas concessões, mas ainda assim abaixo do preço cobrado na Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio. Na Dutra, o valor do pedágio por quilômetro rodado está em R$ 0,71. Na BR-393, sairá, no máximo, por R$ 0,623, e na BR-101, por R$ 0,633. Os valores-teto para o pedágio foram calculados com base nos investimentos necessários nas rodovias.
A assinatura dos contratos de concessão dos sete lotes de rodovias está prevista para julho e, caso essa data seja mantida, os pedágios começam a ser cobrados a partir de janeiro de 2007, já com a primeira etapa de obras concluída.