Um interior mais forte e maior distribuição de riquezas entre cidades menores. Este é o diagnóstico do estudo do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios paranaenses 2010-2013, divulgado nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados mostram que os municípios do interior ganharam espaço na economia do Paraná durante o período analisado, enquanto a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) viu sua participação no PIB estadual encolher 3,5 pontos porcentuais em três anos.
Em 2010, a RMC respondia por 44,8% das riquezas do estado, mas em 2013 a participação caiu para 41,3%. Em contrapartida, a participação das cidades do interior saltou de 55,2% para 58,7%. “É um avanço bastante significativo do interior, que se deve, entre outros fatores, ao dinamismo do agronegócio”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior. O valor adicionado bruto da agropecuária foi bastante pulverizado entre as cidades do interior em 2013. Tanto que Castro, nos Campos Gerais, somou apenas 1,9% de participação no PIB do setor e se consolidou como líder entre os municípios paranaenses no segmento. A diversificação e a industrialização da produção agropecuária deram força para os pequenos municípios na geração de renda e emprego.
Os dados mostram que, com o avanço dos municípios menores, a participação das dez maiores economias do estado no PIB caiu de 57,9%, em 2010, para 54,5% em 2013. “Isso demonstra que o crescimento econômico paranaense se concentrou mais nos pequenos municípios, mais no interior”, diz o diretor do Ipardes.
