Enquanto os hotéis mais luxuosos comemoram altas taxas de ocupação durante o COP 3 e o MOP 8, os hotéis de uma a três estrelas não colheram resultados tão positivos. "O incremento na ocupação desses estabelecimentos foi de apenas 20%", conta o presidente da seção paranaense ABIH-PR, Cláudio José Antunes. "E muitos dos hóspedes que fizeram reservas simplesmente não apareceram. Não se sabe se desistiram ou foram para outros lugares."
Antunes usa o exemplo de seu próprio hotel, o Princess House, para ilustrar essa situação. "Tínhamos reservas para 26 hóspedes. Só oito apareceram, e ocuparam apenas cinco quartos. Soube de um hotel de classe econômica em que, dos 20 leitos reservados, somente um foi efetivamente ocupado."
Henrique Lenz, ex-presidente da ABIH-PR, acrescenta que o aumento na ocupação dos estabelecimentos de categorias mais baixas provavelmente foi causado não pelos eventos da ONU, mas pelos hóspedes convencionais que não encontraram vaga nos cinco estrelas. Diretor do Lancaster, ele conta que a média de ocupação no hotel em março saltou dos habituais 48% para 86%.
O mesmo raciocínio vale para estudantes e representantes comerciais que, tradicionalmente, ficam em hotéis de uma ou duas estrelas. "Esses hotéis ficaram cheios, em alguns dias, por causa de estudantes e militantes de ONGs. Nesses dias, hóspedes convencionais tiveram que migrar para os três estrelas." O Qualitá, que pertence a essa última categoria, viu sua taxa ocupação subir de 57% para 71% em março.
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