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Mercado financeiro

Investidor estrangeiro olha com atenção a reação do governo a Brumadinho

Imagem do Corpo de Bombeiros de MG mostra área onde rompeu a barragem da Vale, em Brumadinho (MG) | AFP
Imagem do Corpo de Bombeiros de MG mostra área onde rompeu a barragem da Vale, em Brumadinho (MG) (Foto: AFP)

O rompimento de três barragens da Vale em Brumadinho (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, criou uma situação sensível para o governo federal diante dos investidores estrangeiros. “O governo terá que lidar rapidamente com essa situação, uma vez que tem se pronunciado contra o fortalecimento do Ministério do Meio Ambiente”, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton Corretora.

 Uma reação mais tímida poderá afetar o humor dos investidores estrangeiros . Até às 17h58, os ADRs da Vale na Bolsa de Nova York tinham uma queda de 9,15%, sendo negociados a US$ 13,50. “Um desastre como esses gera custos significativos à empresa, como de imagem, e gera desconforto entre os investidores.” 

 Internamente, o economista-chefe prevê aumento da volatilidade no Ibovespa - o principal termômetro do mercado acionário brasileiro - nos próximos dias, que vinha registrando recorde atrás de recorde. No ano, o índice acumula uma valorização de 7,3% 

Nesta sexta, a Bolsa de Valores de São Paulo não funcionou devido ao feriado em comemoração à fundação da capital paulista. As ações da Vale tem um peso de 11,39% no índice Ibovespa, o principal termômetro do mercado acionário brasileiro. 

O complexo da Vale onde está barragem que se rompeu, em Brumadinho, responde por 7% da produção de minério de ferro da companhia. Os dados estão no relatório de produção do terceiro trimestre, informação mais recente divulgada. 

O minério de ferro é a principal matéria-prima da Vale, com 104,95 milhões de toneladas produzidas no terceiro trimestre do ano passado. A produção havia crescido 10% em um ano e atingido recorde.

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