A Bovespa manteve nesta segunda-feira a tendência recente de desempenho mais fraco do que as bolsas internacionais, fechando a primeira sessão do mês no vermelho, sob pressão de bancos e de commodities.
O Ibovespa, que chegou a buscar as mínimas desde fevereiro, fechou o dia desvalorizado em 1,01 por cento, aos 65.462 pontos. O giro financeiro da sessão somou 6,14 bilhões de reais.
Segundo profissionais do mercado, temores relacionados à macroeconomia seguiram afugentando os investidores, especialmente os estrangeiros, da bolsa paulista.
"Tem o medo de mais medidas macroprudenciais e de inflação alta por mais tempo", disse Carlos Nielebock, operador da corretora Icap.
O boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras feita pelo Banco Central, apontou pela manhã que a projeção de inflação para este ano subiu pela oitava semana consecutiva, aproximando-se do teto da meta do governo .
Ações de bancos caíram, refletindo o temor de que o governo adote novas medidas macroprudenciais para conter a expansão do crédito e tentar segurar a inflação. Itaú Unibanco caiu 1,43 por cento, a 36,55 reais.
Em outra frente, temores de desaceleração na China derrubaram papéis de commodities, carro-chefe da bolsa paulista. Dentre as empresas ligadas a metais, Vale cedeu 1,76 por cento, a 45,26 reais. A ação preferencial da Usiminas caiu 3,53 por cento, a 15,58 reais.
Companhias ligadas a commodities alimentícias não tiveram melhor sorte. Marfrig, a pior do índice, tombou 7,41 por cento, a 15,00 reais.
Fibria engrossou a coluna de perdas, recuando 1,78 por cento, a 24,26 reais, após a fabricante de celulose ter reportado resultado do primeiro trimestre que desagradou o mercado.
Na maior parte do dia, o Ibovespa já operava no vermelho, na contramão de Wall Street, que reverberava positivamente a notícia da morte de Osama bin Laden, mentor dos ataques contra os Estados Unidos em setembro de 2011. No final da tarde, porém os índices de Nova York perderam força.
O Maganize Luiza passou ileso pelo momento ruim do mercado, marcando sua estreia na bolsa paulista com alta de 2,8 por cento, a 16,45 reais.
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