São Paulo Na ressaca pós-primeiro turno, as atenções dos investidores voltam-se novamente para a agenda de divulgação de indicadores econômicos do Brasil e dos Estados Unidos. A semana está carregada nos dois países. Por aqui, há dois destaques. Um deles é a produção industrial de agosto, que será anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira. O outro é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que sai na sexta-feira. Este é o índice que baliza as metas de inflação no Brasil.
"Se a produção industrial crescer menos de 1% sobre julho, apontará para um terceiro trimestre morno para a economia como já foram o primeiro e o segundo", diz o economista-chefe do Banco Pátria de Negócios, Luís Fernando Lopes. Se isso ocorrer, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá menos do que os 3,5% projetados pelo Banco Central (BC).
O economista-chefe do Banco Banif de Investimentos, Marco Antonio Maciel, estima que o IPCA de setembro tenha subido em 0,14%. "Mas há chances de que seja ainda mais baixo, se tomarmos por base alguns indicadores antecedentes e o IPCA-15", ressalta.
Os dois números são importantes porque devem influenciar as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) acerca da taxa básica de juros, que atualmente está em 14,25% ao ano.
Nos Estados Unidos, o grande indicador da semana sai na sexta-feira. Trata-se do relatório do mercado de trabalho referente a setembro. Além da taxa de desemprego, serão divulgados a variação da folha de pagamentos, os ganhos médios por horas trabalhadas e a média de horas trabalhadas.