A Petrobras descartou vender, neste momento, a refinaria de Pasadena, nos EUA, por dois motivos: a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre suspeitas de irregularidade na compra e a expectativa de recuperação nas margens de lucro da unidade. A refinaria de Pasadena fazia parte do plano de desinvestimento da estatal para levantar cerca de US$ 15 bilhões, mas foi retirada no início deste ano sem explicações por parte da empresa. De acordo com o TCU, a belga Astra/Transcor comprou a refinaria por US$ 42,5 milhões em 2005.
Em 2006, repassou metade da unidade à Petrobras, por US$ 360 milhões. A outra metade foi vendida depois de divergências entre os sócios. A estatal pagou mais US$ 820,5 milhões para encerrar o litígio e ficar com 100% da unidade. "Não consideramos [a possibilidade de] venda enquanto o TCU estiver trabalhando dentro da Petrobras, procurando entender e mapear a operação", disse a presidente da Petrobras, Graça Foster. De acordo com a presidente, Pasadena também volta agora ao patamar de US$ 9 por barril, o mesmo registrado quando a refinaria foi comprada.
Segundo Foster, a crise financeira foi responsável por fazer essas margens caírem, chegando a ficar negativas por um tempo.