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A agência anticorrupção do Egito vai interrogar o ex-presidente Hosni Mubarak e sua mulher pela primeira vez nesta quinta-feira, como parte da investigação sobre as acusações de enriquecimento ilícito, informou a agência de notícias estatal.

Uma equipe de investigação se deslocou para a cidade turística Sharm el-Sheikh, no Sinai, onde Mubarak e sua esposa Suzanne estão morando, disse a agência, citando Assem el-Gohari, um alto funcionário do Ministério da Justiça.

"Gohari disse que a equipe de investigadores vai iniciar a primeira sessão das suas investigações com Mubarak e sua mulher esta noite", disse a agência Mena.

"Os dois enfrentam acusações de que ele se aproveitou da sua influência como presidente para acumular uma enorme riqueza que não é compatível com suas fontes de renda legalmente estabelecidas."

Alguns relatos da mídia têm sugerido que a fortuna da família de Mubarak pode chegar a bilhões de dólares. Essas afirmações foram uma das causas para as manifestações contra o governo em um país onde 40 por cento da população vive com menos de dois dólares por dia.

Mubarak, que negou qualquer delito, foi detido em 13 de abril e foi internado em um hospital de Sharm el-Sheikh, desde que sofreu problemas de saúde durante o primeiro interrogatório realizado por agentes do Ministério Público.

A equipe de investigação irá divulgar um comunicado logo depois que terminar a sessão nesta quinta-feira, disse a agência de notícias.

Manifestações de massa forçaram Mubarak a renunciar em 11 de fevereiro, depois de três décadas no poder. O Ministério das Relações Exteriores do Egito pediu a suas embaixadas no mundo árabe e aos países ocidentais em 22 de fevereiro para congelar os bens do líder deposto e sua família.

O Ministério das Relações Exteriores da Suíça disse este mês que o país tinha encontrado 410 milhões de francos suíços (751,9 milhões de reais) em nome de Mubarak.

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