Com investimento estimado em R$ 183 milhões, o cais oeste do Porto de Paranaguá passará por obras de melhorias e ampliação até o fim de 2018. A expectativa é que o projeto triplique a capacidade de movimentação de carga do berço 201, destinado à exportação de grãos.
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O edital de licitação para contratação da empresa que fará as obras foi publicado na quarta-feira (17) no Diário Oficial do estado. A abertura das propostas e a escolha da empresa vencedora acontecerão no dia 4 de outubro. O investimento será custeado com recursos públicos da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), empresa que administra os portos do Paraná. A vencedora terá até 20 meses para terminar as obras.
Interrupção das atividades deve ser apenas de 15 dias
Durante o período de execução das obras, o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino afirma que a capacidade de movimentação de cargas do porto não será prejudicada. Haverá somente uma parada de 15 dias, prevista para acontecer no fim de 2017.
A principal obra prevista no projeto é o prolongamento em 100 metros do berço 201, no extremo oeste do porto. A ampliação permitirá que navios de grande porte possam atracar no local. Com isso, a capacidade anual de movimentação de carga do berço aumentará dos atuais 2 milhões de toneladas de grãos para 6 milhões de toneladas.
A ampliação também vai liberar espaço para que o porto possa receber mais navios. Com a extensão, o berço 201 vai receber até um navio de grande porte para exportação de grão e vai liberar os espaços dos berços 202 e 203 para a atracação de duas embarcações menores de fertilizantes, simultaneamente.
A obra também dará um fôlego extra ao setor leste do Porto de Paranaguá, que está sobrecarregado e não pode mais ser ampliado. Segundo projeto apresentado pela Appa, o setor leste já vem trabalhando com demanda reprimida, principalmente em relação a graneis sólidos vegetais, e está próximo ao seu limite logístico e operacional.
Com a ampliação do cais oeste, parte da movimentação de cargas poderá ser direcionada para a região, descongestionando o setor leste. Atualmente, os berços 201, 202 e 203 só podem receber dois navios ao mesmo tempo.
O projeto prevê, ainda, a modernização das estruturas dos berços 201 e 202. As reformas vão incluir reforço estrutural, instalação de passarela de pedestres, troca de defensas, espaçadores metálicos, instalação de novo dolfim (coluna) de amarração de navios, remoção de 1,5 mil metros cúbicos de sedimento e instalação de novos equipamentos para carregamento de grãos com capacidade para transportar até 2 mil toneladas por hora.
As mudanças trarão mais agilidade nas operações do porto e a possibilidade de atracação de navios maiores e mais pesados, de até 80 mil toneladas de porte bruto (TPB). No primeiro semestre deste ano, o Porto de Paranaguá movimentou 24,1 milhões de toneladas, valor 4,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Reforma do cais oeste estava para sair desde 1990
As obras de ampliação e melhorias do cais oeste do Porto de Paranaguá são um desejo antigo do poder público. Segundo o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, já foram elaboradas três versões do projeto desde 1990.
Dividino explica que as obras só devem sair do papel agora porque a última versão do projeto é “mais pé no chão”. As reformas de melhorias e ampliação serão mais modestas se comparadas às antigas opções.“Chegamos a algo dentro do bolso e que atende ao cliente”, diz o diretor-presidente da Appa.
É a segunda grande obra com recursos públicos no cais oeste do Porto de Paranaguá nos últimos 80 anos. O porto passou recentemente por uma reforma nos 1,9 mil m² do cais e trocas de shiploaders (carregadores de navios).
Arrendamento de novos terminais fica para 2017
O arrendamento de seis terminais do Porto de Paranaguá deve ficar para 2017. O projeto está previsto na segunda fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL), lançada pelo governo Dilma Rousseff em 2015.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, sinalizou que neste ano deve acontecer somente a renovação da concessão do terminal de fertilizantes de Paranaguá e a liberação de recursos para dragagens.
A expectativa era que o governo desse andamento ao projeto de arrendamento dos terminais (três de grãos, um de celulose, um de granéis minerais e um contêineres) ainda neste ano. Os investimentos previstos somariam R$ 1,2 bilhão.
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