O consórcio vencedor do leilão do aeroporto de Campinas (SP), do qual a Triunfo é uma das participantes, estima que os investimentos ao longo da concessão somarão R$ 8 bilhões, abaixo dos R$ 11,5 bilhões estimados pelo governo.

CARREGANDO :)

Segundo o presidente da Triun­fo, Carlo Botarelli, a diferença se deve a avaliações de "otimização do projeto, reordenação de espaço e estimativas em relação ao tráfego". "Além disso, quem fez antes o projeto [o governo] não tem a visão do operador", afirmou. O consórcio do qual a Triunfo faz parte estima que ao fim da concessão o aeroporto terá um movimento de 84 milhões de passageiros por ano, abaixo da estimativa do governo, de 90 milhões.

Desconhecimento

Publicidade

Botarelli, no entanto, demonstrou pouca familiaridade com princípios básicos do edital e com a realidade das obras que terá de realizar. Disse, por exemplo, que os investimentos estão condicionados à demanda. "Se não tiver demanda, não tem investimento." O edital estabelece que o risco de demanda – ou seja, se a demanda prevista pelo governo não se concretizar – é do operador. E que ele está obrigado a realizar os investimentos, independentemente da demanda, até o fim da concessão, em 30 anos, no caso de Viracopos.

A obra requer uma grande movimentação de terra por se tratar de terreno acidentado. "Não creio que deve movimentar muita terra. É uma área plana", argumentou. O executivo disse ainda que não vê complexidade na operação de aeroportos. "É diferente de um foguete. É alocação de espaço, de custo e de receita imobiliária. É como shopping."

Terminal em Guarulhos

Ligeiramente incompleto, mas com todos os serviços essenciais em funcionamento, o Terminal 4 do Aeroporto de Cumbica, em Gua­­rulhos, foi inaugurado on­­tem pela Infraero. A distância de dois quilômetros para os outros terminais e a fila da única lanchonete em operação foram alvos de críticas.