Frimesa mira receita de 1,2 bilhão em 2012
A Frimesa, cooperativa do Oeste do estado que produz e beneficia laticínios e carnes suínas, está buscando um faturamento de R$ 1,2 bilhão para este ano. A receita da empresa chegou à casa do bilhão no ano passado, mas a direção já enxerga a possibilidade de aumentar as vendas em 20% em 2012.
O diretor executivo da empresa, Elias Zydek, afirma que ampliação será próxima do patamar registrado no ano passado, de 20,7%, o que mostraria que a meta é viável. Na última década, a média de crescimento da Frimesa vem sendo de 12% ao ano, segundo o executivo. "Desde o ano passado, nosso crescimento tem sido alto e baseado nas vendas de dos produtos com um grau maior de industrialização. Para 2012 continuará sendo assim", afirma Zydek.
Neste ano, a cooperativa vem apostando em produtos mais práticos para o consumo. A tendência inclui uma linha de pizza e lasanhas congeladas, que devem chegar aos supermercados paranaenses ainda este mês.
Confiante quanto às metas de faturamento, Zydek confia em melhorar as margens. Em 2011, o lucro líquido não passou de R$ 20,2 milhões ou 2% do faturamento. "Para este ano, tentaremos reduzir ainda mais as despesas e agregar mais valor aos produtos. Esperamos pelo menos uma margem de 2,5%", afirmou.
Em resposta às medidas de incentivo ao consumo lançadas pelo governo federal, como reajustes salariais e redução de juros, o setor supermercadista deve investir em novas unidades e na capacitação de sua mão de obra. A análise é do vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Everton Muffato. Ele participou ontem da abertura da Mercosuper, feira promovida pela entidade que representa o setor no Paraná (Apras).
"O governo vem lançando mão de uma série de medidas que acabam beneficiando o consumo e, em consequência, os supermercados. Nós temos que fazer nossa parte também neste cenário, para manter os bons números e contribuir ao quadro", afirmou Muffato.
Para o representante da Abras, o bom cenário que o setor enxerga no estado e também no país tem relação com boa parte destas medidas. Entre elas, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca e a busca do governo pela menor inflação estão entre as principais.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam o crescimento de 21,8% nas vendas dos supermercados e hipermercados paranaenses apenas no primeiro bimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2011. O crescimento foi estimulado pelo comércio de alimentos, que cresceu acima das média do setor. Segundo Muffato, essa ampliação pode ter chegado aos 30% apenas nos primeiros meses de 2012.
A principal motivação deste quadro seria a maior disponibilidade de renda do brasileiro, que muda hábitos dos consumidores e aumenta as receitas dos supermercados. "É um cenário que percebemos claramente, ainda mais na questão dos alimentos. O consumidor continua comprando o mesmo volume de sempre, mas tem uma folga maior no bolso, e passa a escolher produtos de qualidade mais alta, que são mais caros", explica Pedro Joanir Zonta, presidente da Apras e dono da rede de supermercados Condor.
O movimento é o mesmo observado pelos fornecedores dos supermercados. Segundo Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, o consumidor tem crescentemente demando produtos de maior valor agregado, ou seja, com um nível mais alto de industrialização. "Observando isso, passamos a apostar em linhas de alimentos prontos, que têm um lado prático que agrada os consumidores, mesmo com o valor um pouco acima em comparação com os dos alimentos mais simples", diz Zydek.
IPI
O setor também aponta um movimento positivo em torno da redução do IPI na chamada linha branca, prorrogada pelo governo federal em março por mais três meses. De acordo com Everton Muffato, os preços mais baixos dos produtos revertem uma tendência de queda nas vendas, que o setor vinha percebendo. "Não podemos dizer que suas vendas vêm crescendo de forma acelerada nos supermercados, mas, pelo menos, elas não estão mais apontando para números menores", afirma.
Zonta, da Apras, aponta que a venda dos eletrodomésticos favorece o setor uma vez que a mercadoria serve como "chamariz" para outras vendas. "É positivo por isso: o cliente vem procurar o produto mais barato e acaba também fazendo outras compras, as quais podem até ter uma margem mais interessante para os supermercados."
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