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Os fluxos globais de investimentos estrangeiros diretos (IED), em queda durante mais de um ano, voltaram a crescer no segundo trimestre de 2009 em comparação aos primeiros três meses deste ano, disse nesta segunda-feira (30) a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês).

Mas, em relatório, o órgão afirmou que o IED, no qual muitos países apoiam seus programas de crescimento, permaneceu muito menor que no segundo trimestre de 2008 e que há sinais de que existe pouco espaço para mais melhora neste ano.

Segundo a UNCTAD, o segundo trimestre mostrou que, de modo geral, o IED cresceu 38% contra o período de janeiro a março nos países do G20 (grupo que reúne as principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento no mundo).

Países

Considerando a União Europeia como um único membro, embora quatro de seus integrantes também estejam individualmente no G20, o grupo inclui Argentina, Brasil, Canadá, China, Japão, Coreia do Sul, Rússia, África do Sul e Estados Unidos.

Contudo, o avanço é irregular dentro do grupo, com crescimento de fluxos de entrada mais notável principalmente na França, Alemanha, Espanha, Irlanda e Suécia, e menor ou mesmo em baixa em outros países, como a Grã-Bretanha, informou a agência.

A nova publicação afirmou que o crescimento do segundo trimestre provocou um aumento de entradas no Brasil, Índia e Rússia, ao passo que na China os ingressos permaneceram no mesmo nível. O relatório não ofereceu detalhes sobre outras nações do G20 nem sobre países mais pobres fora do grupo.

Mas a UNCTAD alertou que, de modo geral, o crescimento entre abril e junho "deve ser tratado com alguma cautela", uma vez que o nível absoluto de IED foi consideravelmente menor que no mesmo período do ano passado.

Além disso, segundo a agência, a melhora parece estar largamente atribuída a um aumento nos fluxos dentro das empresas e a um reinvestimento de ganhos, enquanto os fluxos de ações – o componente mais diretamente relacionado a estratégias de investimento no longo prazo – continuaram baixos.

Porém, em um sinal de otimismo, o órgão acrescentou que "vários indicadores macroeconômicos dão sinais de que o ambiente como um todo para o investimento internacional está melhorando lentamente."

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