O senador e presidente nacional Partido Progressista (PP), Ciro Nogueira (PI)| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.
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O senador e presidente nacional Partido Progressista (PP), Ciro Nogueira (PI), classificou como “inviável” a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe a extinção da jornada de trabalho 6x1 - na qual os empregados trabalham por seis dias na semana, folgando um - pela jornada 4x3, com quatro dias trabalhados e três de folga.

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O texto de autoria de Erika Hilton, líder da federação PSOL - Rede, já tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e tem causado polêmica nas redes sociais nos últimos dias.

“Muitos me questionaram sobre minha opinião a respeito da PEC que altera a jornada 6x1 dos trabalhadores para 4x3. Sou a favor de qualquer mudança que melhore a vida dos trabalhadores, mas dizer que essa solução é viável no momento em que o nosso país vive é uma mentira”, disse Nogueira em publicação nas redes sociais, nesta terça-feira (12).

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“É uma ideia tão boa como, por exemplo, aumentar o salário mínimo para R$ 10 mil. Quem pode ser contra? Agora, dizer isso é viável no Brasil de hoje é mentir para a população [...] A realidade não pode ser ditada por um texto”, disse Nogueira.

Tramitação

A proposta atingiu a quantidade de assinaturas necessárias para começar a tramitar na Câmara dos Deputados.

Na manhã desta quarta-feira (13), o texto já contava com 194 assinaturas. Para que a PEC fosse protocolada, eram necessárias ao menos 171 assinaturas.

Superada essa etapa, a proposta tem de ser aprovada por comissões e, em plenário, precisa dos votos de três quintos dos parlamentares na Câmara e no Senado, com dois turnos de votação em cada Casa.

Ao defender a proposta, Erika Hilton (PSOL-SP) disse que a PEC se baseia apenas nas escalas adotadas em outros países, mas que sequer tem um estudo do impacto que causaria na economia brasileira.

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Críticas

Analistas ouvidos pela Gazeta do Povo dizem que a proposta é populista e pode ser uma “armadilha” para empresas e funcionários.

Políticos e representantes de entidades também têm usado as redes sociais para criticar o projeto. 

Na terça, o presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci Júnior, chamou a proposta de “ideia estapafúrdia”.

De acordo com o empresário, a demanda por bares e restaurantes abertos sete dias por semana vem dos clientes e deixar de atendê-los criaria um problema financeiro.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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