O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou, na manhã desta quinta-feira (14), que a redução do prazo de cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para a tomada de empréstimos por bancos e empresas brasileiras no exterior deveu-se a um julgamento no governo de que o excesso de liquidez que havia no mercado terminou. Decreto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União reduz de 1.800 para 720 dias o prazo de cobrança do IOF de 6% para empréstimo externo, alterando determinação anterior que vigorava desde 12 de março.

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"Naquele momento, havia um mercado com muita liquidez e entrava muito recurso estrangeiro no País por esse intermédio. Estavam irrigando o Brasil com empréstimo de curto prazo. Agora julgamos que esse excesso terminou e estamos abrindo possibilidade para que bancos e empresas voltem a tomar crédito no exterior sem essa taxa de IOF", disse. Segundo o ministro, a retirada dessa medida reduz o custo do crédito e também aumenta a oferta de crédito no País.

Mantega disse que a mudança é fundamentalmente uma medida de liquidez, que aumenta a disponibilidade de recursos para instituições financeiras e empresas brasileiras. O ministro disse também que o mercado de crédito não está fechado para os bancos e empresas brasileiras e que a medida vai facilitar ainda a rolagem de empréstimos que foram tomados no passado.

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"Algum tempo atrás, antes dessa crise recrudescer, havia facilidade maior em tomar crédito de longo prazo. Agora está mais difícil tomar crédito de longo prazo e é possível que queiram tomar crédito de prazo menor. Estamos facilitando isso", afirmou.

"Há várias instituições financeiras que têm rolagem a ser feita. Bancos grandes e pequenos estão tomando crédito. O Brasil é considerado um país sólido e continua tendo crédito", disse.