O novo secretário-adjunto da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, avaliou nesta quinta-feira (25) que "é possível" uma redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) se a economia brasileira continuar crescendo. As alíquotas do IOF foram elevadas no início do ano para compensar a perda de arrecadação do governo com o fim da CPMF.
"É possível que ele (ministro Guido Mantega) venha a rever (as alíquotas)", disse o secretário, acrescentando que essa é uma decisão de política econômica que não diz respeito à Receita. "É da competência do ministro", disse.
De janeiro a agosto, a arrecadação do IOF já cresceu 151,72% acima da inflação medida pelo IPCA, com um aumento de R$ 8,1 bilhões sobre a arrecadação registrada no mesmo período do ano passado. Faltando ainda quatro meses para o fim do ano, o valor arrecadado a mais já está próximo ao previsto pelo governo de aumento das receitas este ano de R$ 8,5 bilhões com a elevação das alíquotas do IOF.
Questionado se o governo teria "pesado a mão" no valor das alíquotas, o secretário respondeu: "Você quer uma justificativa econômica que eu não posso dar." Dos R$ 8,1 bilhões arrecadados a mais com o IOF, R$ 3,262 bilhões são referentes a operações de crédito com pessoa física. Outros R$ 2,852 bilhões são referentes a operações com empresas.
O secretário também avaliou que é possível "sonhar" com uma redução da carga tributária do País. "Se a economia continuar crescendo, talvez seja possível", disse.
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