O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) resolveu cancelar a realização da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que era divulgada desde 2003. O índice, juntamente com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), era um dos principais indicadores para monitorar o mercado de trabalho em Curitiba e região.
A decisão, segundo o presidente do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço, foi técnica e não guarda relação com os problemas de caixa do governo estadual. O levantamento, que custava R$ 1,24 milhão por ano, era realizado por 51 pessoas e usava a mesma metodologia da pesquisa de mesmo nome do IBGE. O dinheiro que era absorvido pela PME do Ipardes ficará no Tesouro estadual.
Segundo Lourenço, o IBGE também vai promover mudanças na forma de divulgação dos números de emprego no país. A partir de 2014, a PME será substituída por uma pesquisa mais ampla, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, que será trimestral e que, além de outras informações, trará dados sobre o emprego.
Apesar de usar a mesma metodologia do levantamento do IBGE, os números de emprego apurados pelo Ipardes não compunham o indicador nacional que é formado pelos resultados das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Salvador, Belo Horizonte. "Não fazia sentido manter uma pesquisa bancada pelo estado para o IBGE mas que não era considerada no resultado final. Na prática, ela também poderia induzir a uma percepção errada, porque comparávamos os números de Curitiba com a média nacional sem participar dela", afirma Lourenço.
As demais pesquisas mensais (Índice de Preços ao Consumidor e material de construção), que demandam R$ 276 mil ao ano, serão mantidas.
De acordo com Lourenço, o Ipardes também dará continuidade ao projeto de realizar concurso em 2014 para preencher vagas de pesquisadores que se aposentaram nos últimos anos. "Devemos contratar cerca de 15 pessoas", diz. Hoje, a entidade, fundada em 1973, tem 101 funcionários.
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