A alta no preço dos alimentos ajudou a manter a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe estável entre o final de setembro e o início de outubro. O IPC, que fechou o mês passado em alta de 0,25%, ficou em 0,26% na primeira prévia deste mês.
Os preços do grupo Alimentos subiram 0,97% na primeira semana do mês e anularam a deflação registrada nos itens Transportes (-0,13%) e Vestuário (-0,33%). O preço dos alimentos é influenciado, principalmente, pela carne bovina. Já os transportes apresentam recuo por causa da queda no preço da gasolina e do álcool. A queda no grupo Vestuário se deu em razão do crescimento das importações, que derrubou os preços no mercado interno apesar da entrada da coleção primavera-verão.
Também contribuíram para a alta os gastos com Saúde, que subiram 0,24%, Habitação (0,11%) e Despesas Pessoais (0,15%). O item habitação ainda reflete a alta da tarifa de água e esgoto. O item Educação também teve alta, de 0,09%.
Apesar do resultado, o índice ficou em linha com as estimativas da Fipe e confirma o cenário de estabilidade de preços neste ano. Para 2006, a Fipe espera uma taxa de inflação de apenas 1,6% (o número foi revisado pela instituição, que previa 4% no início do ano).