A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,16% na terceira quadrissemana de julho, informou, nesta quarta-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou 0,08 ponto porcentual abaixo do registrado na segunda leitura do mês, quando o indicador apresentou variação de 0,24%.

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Esta é a décima leitura consecutiva que registra desaceleração do indicador. O IPC-S vem apresentando diminuição do ritmo de alta desde a segunda quadrissemana de maio, quando apresentou variação positiva de 0,78%.

Das oito classes de despesas analisadas seis apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (de 0,11% para -0,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,52% para 0,40%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,01% para -0,08%), Vestuário (de 0,16% para -0,03%), Transportes (de 0,13% para 0,10%) e Comunicação (de 0,04% para 0,02%)

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Em contrapartida, apresentou acréscimo em sua taxa de variação o grupo Habitação (0,44% para 0,48%) e Despesas Diversas repetiu o ritmo de alta registrado na última apuração (0,30%).

Alimentação

O grupo Alimentação, que saiu de uma alta de 0,11% na segunda quadrissemana de julho para uma variação negativa de 0,10% na terceira leitura do mês, foi o que mais contribuiu para a desaceleração do IPC-S. Dentre as seis classes de despesas que registraram decréscimo em suas taxas de variação, a FGV destacou o comportamento dos itens hortaliças e legumes (de -8,16% para -11,78%), no grupo Alimentação; artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,84% para 0,36%), em Saúde e Cuidados Pessoais; passagem aérea (de -12,11% para -13,88%), no grupo Educação, Leitura e Recreação; roupas (de -0,10% para -0,43%), em Vestuário; automóvel novo (de 0,17% para 0,10%), no grupo Transportes e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,11% para 0,00%), em Comunicação.

De forma isolada, os itens com as maiores influências de baixa foram tomate (de -10,78% para -18,52%), batata inglesa (de -14 41% para -21,40%), passagem aérea (de -12,11% para -13,88%), alimentos preparados e congelados de ave (de -3,74% para -5,15%) e gasolina (de -0,50% para -0,60%), todos aprofundando o movimento de deflação.

Já os cinco itens com as maiores influências de alta foram refeições em bares e restaurantes (apesar de reduzir o ritmo de alta de 0,83% para 0,80%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,69% para 1,33%), aluguel residencial (que manteve o ritmo de inflação em 0,62%), plano e seguro de saúde (mesmo com a redução do ritmo de inflação de 0,70% para 0,69%) e empregada doméstica mensalista (de 0,48% para 0,68%).

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