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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) perdeu força. O índice subiu 0,39% até a quadrissemana finalizada em 15 de outubro, taxa inferior à apurada no resultado anterior do indicador, referente à quadrissemana finalizada em 7 de outubro, quando subiu 0,50%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), cinco das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador apresentaram decréscimos em suas taxas de variações de preços, entre a primeira e a segunda quadrissemana de outubro.

Mas o coordenador IPC-S, Paulo Picchetti, disse que a desaceleração ainda não dá motivo para uma grande comemoração – mas é uma boa notícia, dado o cenário que estava sendo mostrado recentemente pelos índices. "Não é motivo para uma euforia ou para já mudar as previsões, mas, no curto prazo, foi um sinal bom, ao contrário do que estávamos tendo."

De acordo com Picchetti, o grande destaque para o movimento de desaceleração veio do grupo Alimentação, que apresentou alta de 0,17%, bem menor que a de 0,47% da primeira quadrissemana de outubro. Picchetti destacou que, além de a Alimentação ter "desacelerado muito" e boa parte dos grupos tradicionais do IPC-S, como Vestuário (de 0,95% para 0,82%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para 0,44%), também subir menos, os conjuntos de preços não tradicionais do indicador de inflação também mostraram altas menores. Foi o caso, por exemplo, da parte de Serviços, cuja variação positiva passou de 0,88% para 0,84%; e de Industrializados, que havia avançado 0,33% e passou a subir 0,30%.

Para o coordenador do IPC-S, ainda é cedo para uma alteração na estimativa inicial da FGV, de que o indicador de inflação fechado de outubro ficará em torno de 0,50%. Ele reconheceu, no entanto, que o cenário atual é mais animador do que o anterior. "Quando a coisa está muito carregada pela dinâmica da Alimentação, não dá para mudar a projeção logo na segunda quadrissemana só por causa de um resultado melhor. Mas vamos dizer que a previsão ficou em 0,50%, com viés de baixa", afirmou.

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