O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou na terceira quadrissemana de abril a mesma alta de 0,57% verificada na segunda quadrissemana, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (23). Nesta apuração, o indicador foi influenciado principalmente pelos itens cigarros e roupas.
Na segunda quadrissemana do mês, o IPC-S havia mostrado ligeira desaceleração, após variação positiva de 0,58% na primeira prévia.
Das oito classes de despesa que compõem o índice, seis apresentaram acréscimo em suas taxas na terceira quadrissemana, na comparação com o período anterior: Despesas Diversas (1,56% para 2,42%), Vestuário (0,93% para 1,05%), Transportes (0,31% para 0,36%), Comunicação (-0,02% para 0,07%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,83% para 0,88%) e Alimentação (0,52% para 0,53%).
Destacaram-se, nessas classes de despesa os preços de cigarros (3,85% para 6,46%), roupas (1,12% para 1,24%), tarifa de táxi (-0,72% para 1,31%), tarifa de telefone residencial (-0,33% para 0,06%), medicamentos em geral (0,43% para 1,09%) e laticínios (1,13% para 1,42%).
Em contrapartida, houve desaceleraração das altas de preços nos grupos Habitação (0,70% para 0,49%) e Educação, Leitura e Recreação (0,34% para 0,29%).
A meta oficial de inflação é de 4,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor-Amplo (IPCA), com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O governo conta com uma diminuição das pressões inflacionárias para que o Banco Central possa manter o atual ciclo de afrouxamento da política monetária.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 9% ao ano. Na opinião de alguns analistas, o Banco Central deixou em aberto a possibilidade de que a taxa básica possa cair ainda mais.
Os dados sobre a quarta quadrissemana de abril, referentes ao fechamento do mês, serão divulgados no dia 30 de abril.