Média de núcleos do IPCA-15 fica em 0,47%
A média dos núcleos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) acelerou a alta de setembro para outubro, como mostram cálculos enviados nesta terça-feira, 21, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, pela Rosenberg Associados, logo após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar o IPCA-15 do décimo mês do ano.
De acordo com a Rosenberg, a taxa média dos núcleos avançou de 0 44% em setembro para 0,47% em outubro. O mesmo aconteceu com o IPCA-15 cheio, que saiu de 0,39% para 0,48%, conforme o IBGE. Com o resultado, a média dos núcleos ficou dentro do intervalo das expectativas da pesquisa do AE Projeções (de 0,45% a 0,53%), mas abaixo da mediana de 0,52%.
Na abertura dos núcleos, o IPCA-EX, que exclui do cálculo geral os preços de alimentos com comportamentos mais voláteis e combustíveis, a variação em outubro foi a mesma apurada em setembro, de 0,45%, segundo a consultoria. A alta veio menor que a mediana de 0,48% (previsões de 0,44% a 0,51%).
O IPCA-DP, abreviação de Índice de Preços ao Consumidor Amplo - Dupla Ponderação, atingiu 0,51% no décimo mês deste ano, depois de 0,46% anteriormente. A inflação desta medida de núcleo ficou abaixo da mediana das estimativas (0,53%), obtida das previsões de 0,45% a 0,56%.
Segundo a Rosenberg, o IPCA-MS, que é o tradicional núcleo de médias aparadas com suavização, subiu 0,53% na comparação com 0,40% no nono mês de 2014. A taxa de 0,53% é menor que a mediana de 0,55% (estimativas de 0,45% a 0,57%).
As medidas de núcleos do IPCA são tradicionalmente calculadas pelas instituições do mercado financeiro logo que o IBGE divulga o indicador, uma vez que são acompanhadas de perto pelo Banco Central, que tem como um dos seus principais objetivos o cumprimento das metas de inflação.
Os resultados encontrados podem variar ligeiramente de instituição para instituição, mas sempre indicam o caminho que os núcleos estão tomando, auxiliando o mercado e o próprio BC no monitoramento da inflação.
Índice de difusão
O indicador de difusão do IPCA-15 apresentou um resultado maior em outubro na comparação com setembro. De acordo com a Rosenberg Associados, o índice de difusão - que mede o quanto a alta de preços está espalhada - atingiu a marca de 64,9% no décimo mês do ano, após ficar em 56,7% em setembro.
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,48% em outubro, após subir 0,39% em setembro. O resultado foi divulgado na manhã desta terça-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número ficou próximo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 0,47% e 0,63%, com mediana de 0,51%. Com o resultado anunciado nesta terça, o IPCA-15 acumula taxas de 5 23% no ano e de 6,62% em 12 meses até outubro.
Alimentação
Os gastos com Alimentação e Bebidas aceleraram o ritmo de alta de 0,28% em setembro para 0,69% em outubro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), informou o IBGE.
O destaque foi o aumento de 2,38% nos preços das carnes, que tiveram o mais elevado impacto individual no IPCA-15 do mês, uma contribuição de 0,06 ponto porcentual. Outros itens que tiveram aumentos significativos foram a cerveja (3,52%), o frango (1 75%) e o arroz (1,35%).
Como resultado, o grupo Alimentação e bebidas contribuiu com 0,17 ponto porcentual para a inflação de 0,48% registrada pelo indicador no mês.
Habitação
As despesas com Habitação aumentaram 0,80% em outubro, segundo o IPCA-15. Em setembro, a alta tinha sido de 0,72%. O resultado foi puxado pelo encarecimento das tarifas de energia elétrica, com alta de 1,28% em outubro, e do gás de cozinha, que subiu 2 52%.
No caso da energia elétrica, o maior resultado foi registrado em Goiânia (15,54%), onde as tarifas tiveram reajuste de 19% em 12 de setembro. Em Brasília, a alta foi de 5,99%, devido ao reajuste de 18,88% em vigor desde 26 de agosto. Nas demais regiões, houve variações na conta de energia decorrentes de alterações no PIS/PASEP/COFINS.
O resultado do grupo Habitação levou a uma contribuição de 0,12 ponto porcentual no IPCA-15 do mês, o segundo maior impacto de grupo, atrás apenas de Alimentação e Bebidas. Juntos, os dois grupos responderam por 0,29 ponto porcentual do IPCA-15 registrado em outubro (de 0,48%), o equivalente a 60,42% da inflação do mês.
Serviço
A inflação do grupo Serviços desacelerou de setembro para outubro, como mostram cálculos da Rosenberg Associados, logo depois que o IBGE informou o IPCA-15 do décimo mês do ano. O IPCA-15 ficou em 0,48%, ante 0,39% no nono mês de 2014.
O grupo Serviços apresentou alta de 0,48% na comparação com 0,74% em setembro, segundo a Rosenberg. A taxa veio dentro do intervalo das expectativas do AE Projeções (de 0,46% a 0,60%, com mediana de 0,55%). Dentro do setor de Serviços, vale ressaltar a queda de 1,40% do item passagem aérea em outubro, depois de uma inflação de 17,58% em setembro.
Já os preços administrados aceleraram entre um mês e outro, ao passar de 0,37% para 0,46%, segundo a consultoria. O resultado veio maior que a mediana de 0,41%, obtida das estimativas de 0 36% a 0,50%. Neste caso, o IBGE mostrou que a pressão refletiu o aumento nas contas de energia elétrica (1,28%) e de gás de cozinha (2,52%).
Os preços livres, segundo a Rosenberg, subiram 0,48% (de 0,39%). A taxa ficou abaixo da mediana de 0,54%. As expectativas eram de 0,47% a 0,63%. Uma das influências de alta pode ter vindo do grupo Alimentação e Bebidas (de 0,28% em setembro para 0,69% em outubro), como mostrou o IBGE.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast