O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) - considerado uma prévia da inflação oficial - subiu 0,51% em maio, ante alta de 0,43% em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
O número veio abaixo das expectativas. Pesquisa realizada pela Reuters apontou que o indicador subiria 0,55% neste mês, de acordo com a mediana das previsões de 17 analistas. As estimativas variaram de 0,45 a 0,60%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 registrou alta de 5,05%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores, quando ficou em 5,25%.
Segundo o IBGE, os principais destaques deste mês ficaram para os preços dos cigarros (com aumento de 14,26%), remédios (+1,85%) e o feijão carioca (+15,30%), que, juntos, responderam por 0,22 ponto percentual do IPCA-15 de maio -ou 43% do índice do mês.
O resultado do IPCA-15 de agora mostra que os preços estão arrefecendo. Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - indicador oficial para a meta do governo - fechou com alta de 0,64%, após avanço de 0,21% em março.
Na segunda-feira, o mercado estimou que o IPCA fechará este ano em 5,21%, de acordo com o relatório Focus divulgado pelo Banco Central. Entretanto, para 2013 a expectativa foi elevada de 5,53% na semana passada para 5,60%.
Para o governo, o recente movimento de alta da inflação não preocupa e continua afirmando que ela convergirá para o centro da meta, estipulado em 4,5% pelo IPCA.
O resultado do IPCA-15 mantém em aberto o caminho para mais reduções na Selic, atualmente em 9% ao ano, uma vez que a flexibilização da política monetária é uma das armas usadas para estimular o crescimento econômico.
Embora o objetivo oficial ainda seja de expansão na casa de 4% do PIB neste ano, já há avaliações dentro da própria equipe econômica da presidente Dilma Rousseff de que ela ficará mais perto de 3,2%.
Na noite de segunda-feira, o governo anunciou mais medidas de estímulo à economia.